Curitibanos fazem cinco mil testes de HIV por mês

Apesar da preocupação com grupos de jovens e idosos, o problema atinge toda a população brasileira. O vírus HIV e a aids não têm mais cara, cor ou preferência sexual. Muita gente só vai saber que tem HIV ou aids quando fica doente por outro motivo e tem o diagnóstico confirmado. Enquanto isto não ocorre, pode passar o vírus para outras pessoas.

Em Curitiba, 9.124 pessoas convivem com a aids (até novembro de 2011) e outras 3.041 são portadoras do vírus HIV. Quem tiver qualquer desconfiança, pode fazer o exame que detecta o HIV em qualquer unidade básica de saúde. “Nas unidades é feito o exame convencional, com a coleta de sangue. O material vai para o laboratório do município e o resultado sai em 72 horas”, esclarece Claudia Novloski, coordenadora municipal do programa de DSTs e aids em Curitiba. Tudo acontece de maneira reservada.

Outra opção é o Centro de Orientação e Aconselhamento (COA), que fica na Rua do Rosário, 144, próximo ao Largo da Ordem. Lá, os interessados são submetidos ao teste rápido, cujo resultado sai em meia hora. Quem está no COA passa por um pré-aconselhamento antes do resultado do exame. Se der negativo, a pessoa recebe orientação para não repetir o comportamento de risco. Em caso de resultado positivo, será encaminhado para o início do tratamento.

Em Curitiba, são feitos em média 5 mil testes para HIV por mês, incluindo gestantes que estão no programa Mãe Curitibana. Quando há o diagnóstico positivo, são alterados o pré-natal e o procedimento no parto para evitar a transmissão de mãe para filho. O bebê também recebe medicação.

O atendimento aos portadores de HIV e pessoas convivendo com aids acontece nas unidades básicas de saúde e em cinco unidades consideradas como referência, onde há a distribuição dos medicamentos e a presença de um médico infectologista.

Já o governo do Paraná realiza o teste rápido apenas nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs). A meta é disponibilizá-lo em todas as unidades básicas de saúde até 2015. Com a implantação do programa Mãe Paranaense, o exame fará parte da primeira consulta do pré-natal e estará disponível para a gestante e seu parceiro. Desde 1987, o Paraná já registrou 834 casos de aids por transmissão vertical (de mãe para filho durante a gravidez). Nos últimos três anos, esse número caiu para 53 crianças.

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