Tudo parado

Creches e trabalhadores da limpeza em greve nesta terça

A maior parte dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Curitiba amanheceu fechada hoje. Os educadores que trabalham nas instituições que atendem crianças de 3 meses a 5 anos de idade iniciam nesta terça-feira uma greve por tempo indeterminado. A principal exigência dos trabalhadores é a isonomia com os professores do magistério.

A paralisação dos educadores acontece em meio a uma onda de greves no serviço público. Também vão cruzar os braços a partir de hoje os funcionários da empresa Cavo, responsáveis pela limpeza pública. Os garis aprovaram o início do movimento grevista em assembleia realizada no final da tarde de ontem, que deve afetar diretamente a coleta de lixo na capital.

A onda grevista também atinge os serviços de saúde administrados pelo governo do Paraná. Os profissionais do setor em todo o Estado também vão paralisar suas atividades a partir de hoje. Em Curitiba, o movimento deve afetar o atendimento em unidades como o Hospital do Trabalhador e o Hospital Souza Cruz, além de farmácias especiais.

Ainda estão previstas para esta semana paralisações dos servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), incluindo o Hospital de Clínicas (HC), e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), além dos professores da rede estadual, dos servidores estaduais da Agricultura e Meio Ambiente e dos policiais civis.

Revindicações

A principal reivindicação dos servidores dos CMEIs é a isonomia com os professores do magistério. Atualmente, os educadores tem jornada de trabalho de 40 horas semanais, enquantos os professores do magistério trabalham 20 horas por semana. Diferença que não é aplicada proporcionalmente aos salários.

Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), 90% das creches irão fechar as portas amanhã. “Pedimos que os pais se solidarizem com as causas da educação infantil e nos ajudem, não levando as crianças aos CMEIs e ligando no 156 para registrar reclamações”, diz a diretora de Coordenação de Estrutura do Sismuc, Irene Rodrigues dos Santos.

Os trabalhadores da limpeza pública exigem aumento de 20% nos salários. A contraproposta da Cavo é de 8,5% de reajuste salarial.

Já os profissionais de saúde do Estado pedem reajuste da data-base e aumento real, o fim da terceirização do setor, o pagamento de promoções atrasadas, revisão de cálculo de horas-extras e a implantação da aposentaria especial.

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