Correios podem parar após nova assembleia no dia 28

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Paraná (Sintcom-PR) pretende formalizar denúncia de assédio moral sofrido por funcionários que aderiram à greve e voltaram ao trabalho na quinta-feira. Doze funcionários do Centro de Distribuição (CDD) do Rebouças reclamam que foram hostilizados pelos superiores por terem participado da paralisação. Nova assembleia foi marcada para o próximo dia 28 quando a categoria decide se fará greve.

De acordo com o sindicato, os grevistas teriam sido os únicos trabalhadores transferidos a outros setores para ajudar nas unidades com maior volume de trabalho acumulado. Segundo a entidade, também teria sido realizada reunião apenas com os que aderiram à greve. “Eles não podem ser penalizados só porque fizeram greve. O trabalho é o mesmo que já fazem, mas o problema é o fato de terem sido rotulados perante os demais, desqualificados e expostos”, afirma o diretor de comunicação do Sintcom-PR, Wilson Dombroski.

Normalidade

A mesma situação também ocorreu no CDD do Carmo, mas os próprios funcionários contornaram o impasse fazendo rodízio entre os que irão apoiar as unidades mais críticas, como os CDDs CIC e Campo Comprido. A previsão é que o trabalho seja normalizado até o fim de semana. “Faltou jogo de cintura pela chefia do Rebouças, que não ouviu os trabalhadores”, avalia o diretor.

O sindicalista lembra ainda que o acordo para a compensação das horas paradas ainda não foi publicado. Os trabalhadores dos Correios terão 180 dias para compensar, com até duas horas extras por dia, durante a semana.

A assessoria de imprensa dos Correios afirmou que nenhuma queixa foi formalizada e ressaltou que é comum a transferência temporária de funcionários a unidades com maior volume de encomendas em atraso.