Conselho da UEM manda recontar votos

Depois de nove horas em reunião, os membros do Conselho Universitário da Universidade Estadual de Maringá (UEM) votaram pela impugnação dos votos da urna volante que percorreu as extensões de Diamante do Norte e Porto Rico (urna 43).

A reunião teve início por volta das 14h de anteontem (4), terminando às 23h. O Conselho ainda votou favorável a impugnação dos votos em separado depositados nas urnas 41, 43 e 45. Neste caso, a impugnação diz respeito aos votos de eleitores que originalmente não estavam na lista de votação dessas urnas, tendo votado nessas sessões sem autorização prévia da Comissão Eleitoral.

A partir desta decisão a Comissão Eleitoral se reúne com os técnicos do Núcleo de Processamento de Dados da UEM para uma nova apuração, suprimindo a urna impugnada, bem como os votos em separado

Hoje (6), às 14h, o COU se reúne, novamente em caráter extraordinário, para, com base na nova apuração, homologar o nome do reitor e vice-reitor que deverá assumir a reitoria no dia 10 de outubro.

A reunião extraordinária desta quarta-feira foi realizada para análise dos recursos interpostos pela Chapa 3 ? UEM Novos Caminhos ?, que concorreu aos cargos de reitor e vice-reitor da universidade em eleição realizada em dois turnos, tendo o professor José Tarcísio Pires Trindade (Tarso) como cabeça de chapa.

Segundo o documento encaminhado pela Chapa 3, haveria diversas irregularidades nas eleições, como transporte irregular de eleitores, mudança de local de votação, presença de material de propaganda eleitoral em uma das sessões, entre outras. Houve ainda um recurso questionando o emprego da fórmula matemática utilizada para contagem dos votos.

As matérias foram previamente analisadas pela Câmara de Assuntos Administrativos do COU que levou aos membros do Conselho pareceres sobre cada item.

Para o professor Tarso, apesar de acatados apenas dois recursos, a reunião do COU teve aspectos positivos, pois houve o reconhecimento de praticamente todas as irregularidades denunciadas. O atendimento parcial dos recursos, ainda segundo ele, não modifica a classificação na eleição, alterando apenas a margem de diferença entre a chapa vencedora e a dele. Tarso também adiantou que sua coordenação de campanha estuda a possibilidade de encaminhar o assunto para a Justiça.

Com relação às irregularidades apontadas no transporte de alunos para o câmpus de Goioerê, que teria sido praticado por prefeituras de municípios vizinhos, o COU não votou a favor da impugnação das urnas, mas foi favorável à abertura de sindicância interna para apurar responsabilidades, bem como ao encaminhamento da matéria para o Ministério Público para que se apure as denúncias de crime eleitoral.

Ao comentar o resultado da votação no COU, o professor Ângelo Priori disse que a Chapa 2 (UEM Pública e Competente) irá acatar a decisão do Conselho, respeitando sua soberania. Ele concorreu como vice-reitor pela chapa 2, proclamada como vencedora nas eleições do dia 29 e que tem o professor Gilberto Pavanelli como cabeça.

Priori declarou, ainda, que não acredita que tenha havido “má-fé” durante o processo eleitoral, seja por parte da Comissão Eleitoral ou de qualquer parte. “Não acredito em irregularidades que justifiquem a impugnação de qualquer urna ou voto, porém aceitamos a decisão do COU”, pontuou.”Só lamentamos o fato de que os funcionários da extensão de Diamante do Norte tenham sido prejudicados, uma vez que o problema ocorreu em Porto Rico.” Priori faz referência à urna 43 que foi impugnada. Como era uma urna volante, atingiu os votos das duas extensões.

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