Aventura

Conheça a beleza das trilhas do litoral do Estado

Além das praias, o litoral do Paraná costuma ser bastante procurado no início de ano por quem quer aventura e contato com a natureza, por meio das trilhas ecológicas.

Mas, antes de qualquer passeio, não se pode esquecer do planejamento e de todos os cuidados necessários para que a diversão não acabe se transformando em dor de cabeça. O alerta é de quem entende e faz montanhismo o ano todo.

Apesar de a melhor época para se subir um morro ou uma montanha seja no inverno – pela menor probabilidade de chuva e de se encontrar animais peçonhentos – durante as férias de verão essa opção acaba sendo bastante cogitada por quem quer curtir a temporada.

Para quem não tem muita técnica, mas é adepto de um passeio diferente, são várias as opções no litoral do Paraná, segundo a seleção do presidente da Federação Paranaense de Montanhismo, Natan Fabrício de Loureiro Lima.

Entre as trilhas mais populares e seguras são aconselhados o Caminho do Itupava (caminhada mais leve) e o Parque Estadual Pico do Marumbi (mais pesada).

“Os dois possuem postos de controle para acionar o resgate, se necessário, e o Instituto Ambiental do Paraná faz uma ficha cadastral de todos os que ingressam na mata”, diz Lima.

Arquivo
O Pico do Marumbi convida a uma aventura mais radical: caminhada é considerada pesada para quem não está acostumado.

Apesar de longa, a trilha do Itupava, que mantém o calçamento original, é considerada mais segura, por ter o caminho bem demarcado. Já em outro caminho famoso, o do Pico Paraná, também é feito um cadastro, mas exige mais empenho e pode levar mais de um dia.

“Tem que ter boa resistência física para ir e voltar no mesmo dia, o que não é aconselhável”, alerta o presidente da federação. Subidas aos morros Itapiroca e Caratuva também são outras opções. Já o Morro do Sete e o Mãe Catira são considerados mais inóspitos.

Pessoas que gostam de aventura e de uma boa caminhada acabam formando pequenos grupos, o que é o mais indicado para fazer as trilhas. Foi o caso do estudante universitário João Carlos Muzzi, que se uniu a alguns amigos para montar um pequeno grupo que planeja fazer trilhas constantemente, e que ganhou até um nome, os “Minhocas da Terra”.

“Todos já tinham feito algumas trilhas, então a gente aproveitou esse gosto em comum para nos unirmos e fazermos as caminhadas em feriados ou nos finais de semana”, conta Muzzi.

A escolha para a estreia do grupo foi na Trilha dos Jesuítas, na Serra do Mar, feita de pedras irregulares, que recebeu críticas. “O trajeto não é todo sinalizado, é preciso prestar atenção, e as pedras podem ser bastante escorregadias”, comenta o estudante.

Orientações

Antes de fazer a trilha, é imprescindível levantar o máximo de informações sobre o caminho que se vai percorrer. “Caso aconteça alguma coisa, o turista deve parar, sentar e esperar o resgate e não se embrenhar no meio do mato, que é muito perigoso”, orienta Lima.

A lanterna não pode faltar. “Muita gente deixa de levá-la porque acha que vai conseguir voltar antes de escurecer e não ter uma lanterna acaba prejudicando o retorno”, lembra Lima. Água e repelente também devem acompanhar todo o trajeto e o ideal é fazer a trilha de calças, não de bermudas ou shorts, para evitar arranhões e ferimentos.

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