Confirmada morte por dengue no Paraná

O primeiro caso do ano de morte causada em decorrência da dengue hemorrágica foi confirmado ontem pela Secretaria da Saúde de Londrina. Os exames sorológicos de Maria Isabel Gil dos Reis, que morreu na madrugada da última segunda-feira, deram positivo para a doença.

Ela deu entrada no hospital Mater Dei, em Londrina, devido ao agravamento do quadro clínico. ?O histórico da paciente era compatível com a dengue hemorrágica e hoje (ontem) recebemos o resultado do exame realizado no Hospital Universitário (HU)?, disse a diretora de Epidemiologia e Informações de Saúde, Simone Garani Narciso.

A paciente havia se mudado há pouco tempo de Maringá, local onde contraiu o vírus da dengue. Com isso, o caso de Maria Isabel Gil dos Reis entrou para a estatística dos casos importados que chegaram a Londrina. Ao todo, 31 são importados, de um total de 125 casos da doença até o momento. Ontem, entraram nessa conta 16 casos: 14 autóctones – doença contraída no local em que a pessoa vive – e dois importados.

Segundo a gerente de Epidemiologia da secretaria, Sônia Fernandes, o total de notificações já chega a 931. ?Desses, 400 casos estão em andamento e 406 foram descartados?. Ela diz que a região leste da cidade continua à frente dos casos de dengue, liderando o ranking por região com 52 casos. ?Nessa região, principalmente, na área do conjunto Lindóia, há uma grande concentração de casos?,  diz. ?A cada semana há registro de novos casos em toda a cidade e isso é preocupante.?

Apesar do intenso trabalho dos agentes de saúde no combate ao vetor da doença, o mosquito Aedes aegypti, ainda falta conscientização da população. Segundo informações da secretaria, 90% dos focos na cidade são encontrados nas residências. ?As pessoas precisam cuidar do próprio quintal, não deixando água parada. Isso é muito comum nos vasos de plantas.?

Paraná

Em todo o Paraná, já são 2.152 casos autóctones, 272 importados e 90 sob investigação. A cidade de Ubiratã, no oeste do Estado, continua sendo a recordista de casos, com 587 autóctones.

O quadro, considerado preocupante, é resultado de uma combinação perigosa do tempo quente e chuvoso com o descuido de algumas pessoas, que deixam água parada no quintal. O ambiente é ideal para que o mosquito Aedes aegypti coloque suas larvas, disseminando a doença. 

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