Uma comitiva representando agricultores, pecuaristas, comerciantes e outros setores atingidos pela criação das reservas de mata de araucária no Estado foram ontem a Brasília tentar sensibilizar a bancada paranaense. Eles querem que deputados e senadores peçam ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que discuta mais o assunto antes de efetivar a criação das áreas. Ontem, porém, o governador Roberto Requião (PMDB) reafirmou o seu apoio à implantação das reservas.
O presidente da Sociedade Rural dos Campos Gerais, Luiz Eduardo Pillati, reclama que a criação das áreas não foi discutida plenamente com os proprietários das terras. O grupo tem várias propostas para apresentar. Uma delas é a assinatura de um termo de ajuste de conduta onde os proprietários se comprometeriam a cuidar da mata e dos animais que estivessem em suas propriedades.
Segundo Rasca Rodrigues, presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) a falta de tempo para esclarecimentos à população, com a realização de consultas públicas, seguida pela audiência pública, foram prejudiciais.
A criação das áreas deve ser anunciada no dia 19 deste mês pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no Encontro nacional da Mata Atlântica e Araucária.