Até o final do ano no Paraná será criada uma lei para regulamentar a escolha dos diretores de escolas estaduais, além de realizar de um novo processo seletivo. Isso é o que diz o decreto estadual 450/03. Porém, no decreto não há a informação se a eleição que vai acontecer abrangerá todas as cerca de 2.100 escolas. A Associação dos Professores do Paraná (APP-Sindicato) pretende que a eleição seja geral. Já a Associação Paranaense de Administradores Escolares (Apade) quer que as eleições não encerrem os mandatos de diretores eleitos por voto direto.
A decisão sobre as eleições e a confecção de um projeto de lei para regulamentar a escolha do diretores estão sendo discutidas por uma comissão da Secretaria de Estado da Educação (Seed). O presidente dessa comissão, professor Sérgio Fernandes Stacheski, contou que a equipe debaterá os dois temas até 31 de agosto. “Ainda não sabemos se as eleições serão gerais ou não. Hoje 900 escolas têm interventores, devido à maneira como o processo de escolha foi feito em 2001”, revelou.
A APP-Sindicato já aprovou em assembléia e num seminário, um projeto que pede eleição geral ainda este ano. “Não consideramos legítima a última eleição. Em apenas 550 escolas houve escolha com participação da comunidade escolar”, apontou o secretário-geral da APP-Sindicato, Luiz Carlos Paixão. Ele lembrou que amanhã o sindicato realizará um seminário para analisar um proposta de lei para regulamentar as eleições de diretores, que deve ser apresentada à Assembléia Legislativa (AL).
Só os interventores
A Apade é contrária a eleição nas escolas onde estão os diretores eleitos por voto direto. Ele teriam direito a dirigir as instituições até o final do próximo ano. “Estamos dispostos até a entrar na Justiça caso os diretores não tenham o direito de concluir os mandatos respeitado”, afirmou o presidente da Apade, Sérgio Talamini Monteiro.