Comércio do litoral teme prejuízos com o pedágio

Os comerciantes do litoral do Estado encararam como “uma ducha de água fria”, a decisão do desembargador federal João Surreaux Chagas, da Turma Especial do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região, que na última sexta-feira liberou o reajuste de 11% na tarifa do pedágio implementado pela Concessionária Ecovia-Caminhos do Mar em 21 de dezembro passado. A decisão do TRF suspendeu uma liminar concedida em 30 de maio, pela Justiça Federal de Paranavaí, que impedia o aumento. Na época a Associação Brasileira de Defesa dos Direitos Difusos e Coletivos (ABDC) ingressou com ações civis públicas contra todas as concessionárias, contra a União e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A Ecovia é a quinta concessionária a garantir o direito ao aumento.

Segundo José Carlos Chicarelli, presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares, Casas Noturnas e Similares do Litoral Paranaense (Sindilitoral), a manutenção da tarifa alta do pedágio atrapalha o trabalho que o sindicato vem fazendo para atrair mais turistas ao litoral do Estado. Hoje, a população dos municípios do litoral somada chega a 235 mil pessoas. “Esse número se quintuplica durante a temporada”, contou o Chicarelli. Ele salientou que o Sindilitoral trabalha para que os turistas freqüentem o litoral também fora da temporada. “A gasolina , que atrapalhava a vinda do turista, já teve uma queda este ano. Mas o pedágio, ainda mais com esse preço, continua sendo um entrave para que as pessoas venham ao litoral”, afirmou. Chicarelli disse que mesmo assim o sindicato continuará trabalhando para que o número de turistas não caia.

Tarifa mantida

A assessoria de comunicação da Ecovia informou que a decisão do TRF não altera os preços já praticados. A tarifa para carros continua R$ 6,10, enquanto os caminhões pagam R$ 5,20 por eixo. Está previsto para primeira semana de dezembro novo aumento nas tarifas das praças de pedágio do Anel de Interação. Enquanto a encampação do sistema por parte do governo do Estado não é concretizada, a empresa acredita que o aumento deve ocorrer normalmente.

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