Começa resgate de destroços do Vicuña

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Por enquanto, estão sendo
cortadas as peças que se desprenderam
do navio na explosão.

Partes das oito mil toneladas do navio chileno Vicunã, que explodiu há 45 dias em Paranaguá, estão sendo cortadas para que possam ser retiradas do local. Os trabalhos fazem parte do cronograma de obras estabelecido pela empresa holandesa Smit Salvage B.V, que foi contratada para fazer o resgate do navio. Nessa primeira etapa estão sendo cortadas as partes estruturais do casario – que englobam áreas como alojamentos e refeitório. Em alguns postos, ainda está surgindo óleo na baía.

A previsão para a conclusão dos trabalhos de retirada do navio é de 60 a 80 dias. De acordo com o major do Corpo de Bombeiros de Paranaguá, Luiz Henrique Pombo Nascimento, até agora só foram liberados os cortes das peças que se desprenderam do navio durante a explosão e foram arremessadas no cais ou no fundo do mar. Isso porque a empresa deve apresentar ainda nesta semana um detalhamento dos planos de proteção ambiental durante o transporte das partes até Pontal do Sul. O material será depositado no terminal da empresa Tenenge e depois remetido para o grupo Gerdau, que dará o destino final ao produto.

"Nós queremos mais detalhes de como esse material será transportado, se haverá barcos de contenção acompanhando o trabalho, para, caso haja algum tipo de vazamento, o material poluente não acabe contaminando outras áreas", falou. A partir do dia 3 de janeiro a empresa deve iniciar o corte de outras partes do navio. Para o major do Corpo de Bombeiros, a fase mais complicada do trabalho de resgate do navio chileno será a retirada da proa e popa do fundo do mar. Além de serem as maiores partes a receberem interferência, elas estão em locais onde ainda pode haver óleo armazenado.

Etapas

"Essa fase necessita de atenção, tanto no corte quanto no transporte", disse o major. Sobre o óleo que continua surgindo no chamado ponto zero – local onde aconteceu a explosão e onde permanecem os destroços do navio – o major disse que esse vazamento é considerado normal, já que é um material que ficou entre os destroços do navio e que acaba emergindo com o movimento da maré. Esse material, numa quantidade muito inferior à dos primeiros dias após o acidente, está sendo contido pelas barreiras de contenção e absorção que continuam no local.

No ponto zero existe um grupo de homens trabalhando, tanto nas barreiras de contenção do óleo quanto nas embarcações que foram trazidas pela empresa Smit Salvage. São dois equipamentos chamados de chatas, que consistem em uma espécie de plataforma com um guindaste. O menor deles tem capacidade para suportar 200 toneladas e o outro agüenta até 1,2 mil toneladas. De acordo com informações da Capitania dos Portos do Paraná, o plano de retirada do navio consiste em cortar os destroços em cinco partes e remover, com a ajuda de um guindaste, as partes para desmonte.

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