Começa a desocupação da fazenda Campo Real

A fazenda Campo Real, no município de Candói, no Centro-Oeste do Estado, começou a ser desocupada ontem, depois de um acordo entre os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o proprietário da área. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (Sesp), a última reunião entre as partes foi realizada ontem pela manhã na secretaria, com os líderes do MST.

É a 78.ª desocupação em 21 meses. No local estavam concentrados 370 barracos de lona, com cerca de mil pessoas. Segundo o acordo entre as duas partes, o proprietário da fazenda vai oferecer caminhões e um ônibus para transportar as famílias para outros locais. A Sesp afirmou que o destino das famílias não foi apurado. O secretário Luiz Fernando Delazari destacou a ação em mais uma reintegração: “É uma situação inconcebível a invasão de propriedades. O governo mostrou o seu posicionamento e está cumprindo a sua meta”, disse.

O secretário citou ainda o trabalho com o Instituto de Colonização Agrária (Incra-PR), que deve assentar até o final do ano 4 mil famílias no Paraná. “No Paraná temos uma situação satisfatória, com famílias sendo assentadas e reintegrações ocorrendo de uma maneira pacífica”, ressaltou.

Os integrantes do MST em Candói protestaram três vezes no mês passado contra a reintegração de posse da Campo Real. Nas duas primeiras os manifestantes invadiram as praças de pedágio de Candói e Cascavel da BR-277, administrada pela concessionária Rodovia das Cataratas. O MST foi procurado, sem sucesso.

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