Cemitérios de Cascavel sem vagas para sepultamentos

A falta de vagas nos cemitérios municipais de Cascavel fez a Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Cascavel (Acesc) tomar uma medida polêmica. As ruas internas de dois cemitérios, Central e São Luiz, passaram a ser usadas para sepultamentos.

Inicialmente, a decisão gerou muitos protestos dos moradores, ?mas, aos poucos, eles estão entendendo que essa era a única alternativa?, comentou a superintendente da Acesc, Fátima Pertile. ?Quando assumi a administração dos cemitérios, eles tinham uma vida útil de cinco meses e não havia nem a sondagem de terrenos para a construção de um novo local?, explicou Fátima. Para ela, um cemitério novo já devia ter sido construído há, pelo menos, três anos.

A superintendente lembrou que, entre estudos de terreno, avaliação do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), preparação do terreno e a obra em si, são necessários cerca de dois anos para a construção de um novo cemitério, que já está sendo providenciada.

?Em dezembro, concluiremos os estudos de três áreas, para escolhermos o local e apresentarmos o projeto. Em cerca de um ano e meio a obra deverá ser construída?, revelou, sem indicar quais seriam as áreas para evitar manifestações da população. ?Quando apresentarmos o projeto, eles entenderão que um cemitério também traz benefícios para a região, como comércio e transporte, por exemplo?, ponderou.

Enquanto o novo local não fica pronto, essa medida polêmica e outras mais simples vêm garantido, ainda que emergencialmente, o direito dos cascavelenses de serem enterrados. Além de utilizar os corredores dos dois cemitérios, a Acesc ampliou o Cemitério Guarujá, proibiu a venda de terrenos para reserva – a partir de agora só se pode comprar um túmulo no momento do óbito – e se está iniciando a construção de um gavetário na quadra 3 do Cemitério Central. ?Com essas medidas, acredito que ganhamos três anos. Assim dá para fazer um projeto melhor pensado e não algo apenas imediato, que daqui a mais alguns anos volte a trazer problemas?, salientou Fátima.

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