Casos suspeitos serão tratados como dengue

A partir de hoje, pacientes com suspeita de dengue não vão mais esperar o resultado do exame de sorologia para começar a tratar a doença. Resolução assinada, ontem, pelo secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin, determina que os sintomas da dengue diagnosticados pelo médico são critérios suficientes para que seja encarado como mais um caso de dengue.

A decisão passa a valer para municípios que apresentarem incidência maior que 300 casos para cada 100 mil habitantes. Conforme Martin, em Maringá, esse número hoje é de 1,5 mil casos para cada 100 mil habitantes.

Segunda o secretário da Saúde, com a mudança ganha-se o tempo de espera pela confirmação da doença, que é de uma semana a dez dias, além de diminuir o risco de desenvolver dengue hemorrágica. ?Claro que vamos aumentar as estatísticas sobre a doença, mas ganhamos agilidade em detectar a dengue e economizamos para outros exames que serão necessários posteriormente?, afirmou. Em todo o Paraná, estão confirmados 25.530 casos da doença neste ano. A meta da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) é reduzir a infestação predial do mosquito a menos de 1% em todos os municípios paranaenses.

Comissão

Em reunião ontem, em Curitiba, foi estabelecida a Comissão Intersetorial Coordenadora das Ações do Programa Estadual de Controle da Dengue. A idéia é envolver instituições das esferas municipal, macrorregional e estadual. ?Ao mesmo tempo em que descentraliza as decisões, temos maior capacidade de atuação?, definiu o secretário da Saúde. Para isso, foram estipuladas oito macrorregiões, levando-se em conta as coordenações regionais da Defesa Civil: Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Paranaguá, Ponta Grossa e São José dos Pinhais.

Essas macrorregiões têm até a próxima semana para definir a data da primeira reunião, que envolverá órgãos como Corpo de Bombeiros e Instituto Ambiental do Paraná, para começar o trabalho. Entre as atribuições, estão análise do boletim epidemiológico e propostas de mobilização, como mutirões para destruição de criadouros e distribuição de folhetos informativos.

Presente na reunião, o secretário da Saúde de Maringá, Antônio Carlos Nardi, chamou a atenção para o cuidado com os pneus inservíveis no combate à dengue. ?Esse era um problema controlado por nós há pelo menos cinco anos. Agora, com a possibilidade de desativação de parte da BS Colway, precisamos voltar a atentar para os pneus inservíveis?, destacou.

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