Cascavel pesquisa feijão de corda e mandioca

Desenvolver novos produtos com base no feijão de corda – bastante conhecido e utilizado nos estados da região Nordeste do Brasil – é o objetivo de uma pesquisa que está sendo realizada pelo Centro Tecnológico de Amido (CTA) da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Cascavel (Fundetec).

A pesquisa teve início em meados de 2003, em parceria com a Universidade do Estado da Bahia, e já está gerando resultados. “Já foram elaborados vários pratos com feijão de corda que fogem ao cardápio tradicional do brasileiro, como hambúrgueres de feijão, macarrão, bolos, bolachas e mesmo melado e rapadura”, conta o presidente da Fundetec, Lindonês Rizoto.

Segundo Lindonês, o feijão de corda é cultivado principalmente por pequenos produtores nordestinos. Entretanto, não possui grande valor comercial. “O desenvolvimento de novos pratos com base no feijão agrega valor ao produto, conseqüentemente melhorando a renda e a qualidade de vida de quem o produz”, afirma. “É um alimento rico em carboidratos e que possui 25% de proteínas, sendo uma excelente fonte nutricional”.

As receitas desenvolvidas já estão sendo testadas e ensinadas a diversas famílias nos estados da Bahia e Alagoas. A idéia é que elas utilizem o que aprendem tanto para consumo próprio quanto para a comercialização. No futuro, a intenção é que o conhecimento seja repassado para famílias de outros estados nordestinos e mesmo divulgado na região Sul do País, onde o feijão de corda ainda não é um alimento comum.

Mandioca

O Fundetec também é responsável por uma pesquisa que prevê a utilização da fécula da mandioca na produção de pães. De acordo com Lindonês, pode-se acrescentar até 20% de fécula de mandioca na farinha de trigo utilizada no preparo de pães. O produto não acrescenta valores nutricionais ao pão, mas contribui para o aumento da vida útil do produto nas prateleiras e pode trazer benefícios financeiros ao País. “O Brasil não é auto-sustentável em trigo, sendo que cerca de 80% do produto utilizado é importado. Porém, é auto-sustentável na produção de mandioca, bastante cultivada por pequenos agricultores”, finaliza o presidente da Fundetec.

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