Noventa e seis casais de baixa renda, moradores de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, participaram ontem de um casamento civil coletivo realizado na paróquia Santa Terezinha, localizada na Estrada da Ribeira. Já morando juntos, eles resolveram oficializar a união.
Foi a quarta vez que a paróquia promoveu o evento. Os casais foram selecionados dentro da própria comunidade e tiveram que pagar uma taxa simbólica de R$ 40. "O valor cobre apenas as despesas com documentação", disse o juiz de Paz João Milani Tomacheski.
Segundo ele, muita gente deixa de casar no civil devido ao custo. "Geralmente são pessoas simples, que não têm como arcar com a despesa".
No próximo sábado, também na paróquia Santa Terezinha, 67 dos casais que ontem realizaram união civil vão casar no religioso. As celebrações terão início às 18h.
Casais
Já morando juntos há 22 anos e com dois filhos, de 19 e 16 anos de idade, a manicure Gilzete Olegario de Almeida, 43, e o motorista Dionízio Bronoski, 60, resolveram aproveitar a oportunidade dada pela paróquia e oficializar a união. "Há dois anos, Dionízio se separou oficialmente da primeira esposa. Então, resolvemos nos casar pra valer. É a comprovação da certeza que temos que queremos ficar juntos", afirmou Gilzete.
Já o conferente Eduardo Alves de Araújo, 21, e a dona de casa Juliene Alves Cecom, 18, aguardam a chegada do primeiro filho, que deve nascer dentro de poucas semanas. Além de regularizar a situação perante Deus e a sociedade, eles resolveram casar para dar uma maior segurança ao bebê. "Quero que meu filho realmente nasça dentro de uma família", declarou a noiva.