O Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região criticou o projeto de lei do vereador Roberto Hinça (PSD), que obriga o uso de cartão magnético para acesso a caixas eletrônicos de agências bancárias e instituições financeiras. A proposta seria votada na segunda-feira, mas foi adiada por dez sessões para melhorar o texto. “O cartão magnético é uma medida ultrapassada que não proporciona nenhuma segurança ao usuário”, opina o presidente do Sindicato dos Vigilantes, João Soares.
De janeiro ao início deste mês, o Paraná registrou 44 explosões e 36 arrombamentos de caixas eletrônicos, 13 assaltos a agências bancárias e 3 saidinhas de banco. Para Soares, a medida proposta não inibe efetivamente este tipo de crime, “pois não evita os ataques em caixas eletrônicos de supermercados, postos de combustíveis, farmácias e outros estabelecimentos que tenham esse tipo de equipamento”. Além disso, cita que a entrada nas agências através do cartão magnético pode trazer mais riscos aos clientes, “já que o bandido terá que esperar alguém entrar na agência para poder agir nos caixas”.
Tecnologia
Soares exige investimentos por parte dos bancos em tecnologia na área de segurança, colocando os caixas eletrônicos em locais seguros, câmeras de monitoramento com filmagem em tempo real, porta giratória com detector de metais e outros equipamentos que proporcionem a segurança dos estabelecimentos e dos usuários. Por isso, o sindicalista defende que a apresentação de projeto que exija mais fiscalização na comercialização e transporte dos explosivos, já que a maioria dos ataques aos caixas acontece fora das agências.