Cão-guia está autorizado a entrar em local público

Os deficientes visuais de Curitiba não têm mais restrições quanto ao uso dos chamados cães-guia. Há cerca de um mês, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, autorizou a entrada dos animais em estabelecimentos como farmácias, comércios e hospitais.

O decreto, assinado pelo secretário municipal de saúde Michele Caputo Neto, em 20 de junho desse ano, vai facilitar a vida de centenas de pessoas como a estudante de jornalismo Daniele Haloten, de 22 anos. Cega do olho esquerdo e com parte da visão do direito comprometido por um glaucoma, Daniele recorreu a um cão-guia para auxiliá-la em sua locomoção. Há dois, ela é dona de uma cadela da raça labrador, de nome Taira. O animal foi adestrado desde o nascimento em uma instituição dos EUA e passou por um período de adaptação com Daniele. “Hoje ela responde perfeitamente a todos os meus comandos”, explica a estudante. Como Taira é “americana”, a comunicação entre o animal e sua dona é toda feita em inglês. Apesar da eficiência do cão, Daniele conta que encontrava dificuldades para entrar em muitos lugares. “Já fui barrada em lanchonetes, pizzarias e praças de alimentação”, denuncia. “O engraçado é que muitos desses estabelecimentos contam com cardápio em braile, mas não permitem que possamos entrar com o guia.”

Pelo decreto, os comerciantes que atribuíam à Vigilância Sanitária o veto aos animais não tem mais argumentos para impedir a entrada dos deficientes. “Isso não existe mais. Desde julho existe a regulamentação em Curitiba. Deficientes visuais têm toda liberdade para entrarem acompanhados com seus cães”, explica a coordenadora da Vigilância Sanitária da Prefeitura de Curitiba, Rosana Zappe. A única exigência feita pela Vigilância é a presença de um distintivo de guia, emitido pela instituição que adestrou o animal e um atestado de sanidade e saúde assinado por um veterinário.

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