Camelôs tentam reaver mercadorias

Após uma semana tensa, o camelódromo de Londrina foi reaberto ontem. No entanto, segundo os comerciantes, a situação vai demorar a voltar à normalidade. Quem tinha algum estoque tentava vender as poucas mercadorias que restavam, enquanto outros tiraram o dia para ir até a Receita Federal (RF), tentar reaver as mercadorias apreendidas na Operação Capitão Gancho 2, na semana passada.

A Receita prometeu devolver aos comerciantes apenas as mercadorias que estivessem regulares e com notas fiscais. Este processo, para o qual foi feito agendamento, começou ontem, no depósito do órgão, onde estavam os produtos apreendidos nos mais de 300 boxes do camelódromo.

De acordo com o delegado Sérgio Gomes Nunes, pela manhã ninguém foi até a Receita para esta etapa de verificação. No entanto, após uma reunião com representantes dos camelôs, à tarde alguns comerciantes apareceram. ?Esta é uma etapa bastante detalhada, por isso não podemos fazê-la no local da apreensão. Os comerciantes trazem as notas e nós checamos as mercadorias. São várias as situações com as quais nos deparamos, mas serão liberadas apenas as mercadorias devidamente regulares?, explica. Segundo o delegado, há mercadorias frutos de descaminho, outras falsificadas ou pirateadas, entre outros casos. ?Têm mercadorias com notas, mas falsificadas. Mercadorias com notas de fabricação nacional, porém fora dos padrões. Temos que checar item por item. Este processo vai levar ainda duas ou três semanas?, avisa.

Segundo o comerciante Nelson Rodrigues, alguns lojistas do camelódromo reclamam do intervalo entre os agendamentos da RF. Alguns ficaram para o final desta semana e outros, para daqui a 15 dias. ?Hoje (ontem) estamos com o shopping aberto. Estamos trazendo o estoque que ainda tínhamos em casa. Esta semana não vai render nada. O pessoal está abrindo por abrir e o público está entrando mais para ver o estrago do que para comprar?, diz.

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