Cajuru vai ganhar parque em novembro

O bairro do Cajuru, zona leste de Curitiba, vai ganhar um novo parque até o fim do ano. Serão três km de extensão e uma área de 150 mil metros quadrados onde serão construídos anfiteatro, espaços equipados para ginástica, áreas para prática esportiva, playgrounds, campo de futebol com grama, vestiários e alambrados, ciclovia e pracinhas, equipamentos escolhidos pela própria população.

O Parque Linear do Cajuru será construído numa das margens do Rio Atuba, em três etapas. A primeira delas, que deve ser iniciada em breve, prevê obras no trecho que vai da rua Teófilo Otoni até a rua Rio Iguaçu. São 90 mil metros quadrados, numa extensão de 1,6 km ao longo do rio Atuba. Os investimentos na primeira fase somarão R$ 980 mil e serão financiados pelo BNDES.

O parque começa a ser implantado após a remoção de 50 famílias que moram em área de risco e serão transferidas para um loteamento próximo, construído pela Cohab no mesmo bairro. A superintendente de obras e serviços da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Maria Lúcia Rodrigues, disse que a intenção inicial era fazer todo o trecho incluído no projeto, mas na prática isso tornou-se inviável.

“A divisão vai facilitar a relocação das famílias”, afirmou. A área de ocupação irregular é delimitada pela via férrea e pelo rio Atuba, entre a avenida Afonso Camargo e a BR-277, na divisa com Pinhais. A estimativa é de que cerca de cinco mil famílias morem ali.

Foi pensando em evitar novas ocupações na área de drenagem do rio e em garantir a preservação do meio ambiente que o parque foi projetado. Com ele, em vez de risco, a margem do rio passará a oferecer uma opção de lazer para a população. A expectativa é de que as obras do parque sejam concluídas em meados de novembro.

Hoje há 371 famílias do local cadastradas para relocação na Cohab. Parte delas será atendida com as 180 casas que estão sendo construídas em dois loteamentos localizados no bairro. As obras vão custar R$ 1,18 milhão, estão incluídas no programa Nossa Vila e fazem parte do projeto Operação Cajuru, que prevê ações nas áreas de habitação, infra-estrutura, meio ambiente e desenvolvimento social.

A algumas pessoas serão oferecidos lotes. Segundo o gestor do projeto Nossa Vila, Valter Rebelo, até o fim do ano muitos desses moradores já deverão ter sido transferidos. “Estamos conversando com os moradores, que ficarão, no máximo, 500 metros distantes de onde moram atualmente”, disse Rebelo.

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