Cai em 13% as apreensões da Receita em Foz

A Receita Federal em Foz do Iguaçu, oeste do Estado, registrou queda de 26% no valor das apreensões feitas no mês de junho em relação ao mesmo período do ano passado, conforme balanço divulgado ontem pelo órgão. No total, foram apreendidos US$ 5,72 milhões em mercadorias. As apreensões nos seis primeiros meses do ano também acumulam queda de 13%. O motivo, segundo a Receita, são as constantes operações de combate ao contrabando e descaminho, que têm coibido as ilegalidades na fronteira com Foz, mas, ao mesmo tempo, provocado migração dos contrabandistas para a região de Guaíra.

De acordo com os levantamentos, boa parte dos produtos mais visados pelos contrabandistas tem sofrido queda em volume de apreensões. A exceção fica por conta dos CDs e DVDs piratas, mercadorias que, segundo a Receita, estão sendo apreendidas com mais freqüência ao longo dos últimos três anos em função do amplo mercado que encontra no País. Por isso, em relação a junho do ano passado, esses produtos tiveram crescimento de 64% no valor das apreensões, totalizando US$ 56.402. Se comparado a maio deste ano, entretanto, o valor é 28% menor.

Os demais produtos – bebidas, CDs e DVDs virgens e equipamentos de informática, principalmente – sofreram queda no valor das apreensões. No acumulado do ano, a diminuição em relação aos seis primeiros meses de 2006 é de 13%, com um total de US$ 38.370.502 em produtos apreendidos. Os recordistas em valores são os veículos contrabandeados, que somam US$ 11,5 milhões, seguidos dos cigarros (US$ 6,7 mi); eletrônicos (US$ 6,1 mi) e equipamentos de informática (US$ 4,1 mi) lembrando que estes últimos são recordistas em volume de apreensões.

Repressão

O motivo atribuído pela Receita à diminuição nos valores é a repressão à ilegalidade na fronteira. Operações continuadas tanto na divisa com o Paraguai, chamada de zona primária, como nas áreas secundárias, como rodovias, estradas rurais, hotéis, estacionamentos e depósitos, estariam coibindo a ação dos contrabandistas. Além disso, o ano passado foi recorde em apreensões, tornando-se base comparativa difícil de ser superada.

Para a Receita, isso indica que o órgão tem feito seu papel em coibir o contrabando. Para os contrabandistas, porém, os recordes indicam necessidade de mudança de rota. O aumento nas apreensões em Guaíra, cidade que também faz divisa com o Paraguai, evidencia a migração da ilegalidade. No mês de maio, elas somaram quase US$ 325 mil e, em junho, aumentaram para mais de US$ 690 mil, ou 112%. De acordo com a Receita, não há estrutura suficiente na região para lidar com o aumento do contrabando, mas o órgão informa que tem estendido para lá as operações restritas até então à área de Foz do Iguaçu.

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