Com a proximidade do inverno, o Corpo de Bombeiros (CB) alerta para um perigo típico dos dias frios. É nessa época que aumentam os casos de “morte branca” – quando a vítima é intoxicada por monóxido de carbono (CO), emitido por aquecedores a gás.
De acordo com os bombeiros, nos últimos oito anos 31 pessoas morreram em Curitiba por intoxicação por CO. No ano passado, foram registradas duas mortes. O monóxido de carbono é resultado da queima incompleta do combustível de aquecedores – que pode ser tanto o gás de cozinha (GLP) quanto o gás natural, ou, ainda, de álcool e carvão. As intoxicações também podem acontecer com a utilização de vasilhas com álcool para aquecer ambientes fechados.
De acordo com o major Carlos Alberto Mascarenhas Machado, do CB, geralmente o gás é emitido de aquecedores que não estejam funcionando corretamente. A instalação incorreta dos equipamentos é o principal elemento que dá margem aos acidentes.
Por isso, é fundamental a manutenção dos aquecedores. “As pessoas precisam ficar atentas para a manutenção preventiva desses equipamentos, que deve ser feita a cada oito ou 12 meses”, orienta.
Segundo Mascarenhas, os usuários dos aquecedores precisam constatar se as empresas prestadoras de serviços de manutenção fixam uma etiqueta adesiva nos aparelhos.
“Além da data da próxima manutenção, essa etiqueta comprova que a empresa é credenciada pelo Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), o que garante a qualidade do serviço”, diz.
Perigo
Segundo Mascarenhas, as pessoas não percebem que estão sendo intoxicadas, já que o monóxido de carbono não tem cheiro nem cor. O gás pode fazer com que a vítima perca os sentidos ao aspirá-lo em níveis elevados e não tenha chances de reação. “Níveis moderados do CO podem causar dores de cabeça, enjôos, confusão mental, náuseas e desmaios”, alerta.
Mascarenhas orienta que, ao usar aquecedor a gás, as pessoas deixem uma janela aberta para permitir um mínimo de ventilação nos ambientes. “É uma medida simples que diminui consideravelmente as chances de um acidente acontecer.”