Brincadeira cara

Bancos no topo dos assuntos mais reclamados no Procon

Os bancos seguem no topo dos assuntos mais reclamados no Procon/PR no primeiro quadrimestre de 2012. Desde 1º de janeiro até o dia 15 de maio deste ano, o órgão contabilizou um total de 26.485 reclamações, das quais 2.448 se referem a serviços e produtos oferecidos por bancos. No mesmo período do ano anterior, esse número chegou a 2.493, de um total de 35.252 reclamações. Os dados são da Divisão de Estudos e Pesquisas do órgão, que fez o levantamento a pedido da Tribuna.

Já o segundo lugar, que em 2011 era das empresas de telefonia fixa, com 2.099 reclamações, ficou desta vez com as empresas de telefonia celular, num total de 1.567 reclamações. A telefonia fixa pulou para quarta posição, perdendo para bancos, telefonia celular e cartões de crédito.

Praticamente todos os números divulgados na pesquisa, indicaram uma diminuição no número de reclamações de consumidores. A coordenadora do Procon/PR, Claudia Silvano, acredita que a diminuição nos índices se deve à criação do projeto Central de Resolução de Pequenos Conflitos, que passou a funcionar a partir de 2011. “Com o projeto, os fornecedores mais reclamados passaram a resolver o problema direto com o consumidor”, explica. Participam do projeto as empresas: Oi (a campeã de reclamações), Itaú Unibanco, BMG, Banco do Brasil, Net, Bradesco, Santander e Copel.

Conciliação

A chefe do atendimento pessoal do Procon, Vivianne Assis, explica que, quando o consumidor vai até o Procon, ele passa por uma triagem. “Há casos em que o consumidor consegue uma conciliação no prazo de dez dias direto com o fornecedor. Caso o problema não seja resolvido, é aberto um processo administrativo e marcada uma audiência de conciliação com o fornecedor. A maioria dos casos é resolvida em até 60 dias”, explica. Segundo Vivianne, 80% das demandas são solucionadas.

Se o problema ainda não for resolvido na audiência de conciliação, o caso vai para o setor jurídico, onde é reavaliado o processo. Dependendo do dano, a multa pode variar de R$ 400 a R$ 6 milhões. “Os casos mais caros são aqueles reincidentes ou que envolvam a saúde e integridade do consumidor”, comenta.

Não esqueça dos comprovantes!

O Procon orienta aos consumidores para que não esqueçam de apresentar os documentos pessoais (CPF, RG e comprovante de residência) e, principalmente, os comprovantes, faturas, recibos e notas fiscais que endossem a reclamação.

O atendimento ocorre das 9h às 17h, sem interrupções e são distribuídas 70 senhas de manhã e 70 senhas à tarde. Porém média de atendimentos por dia chega a 160, em virtude dos casos agendados com antecedência e dos atendimentos preferenciais. Para orientações, o consumidor pode utilizar o Disk Procon (0800-41-1512) ou mandar e-mail para proconpr@pr.gov.br.

De juro abusivo a produto quebrado

A trabalhadora agrícola Ereni Santos da Silva foi até o Procon/PR na última semana por causa de um problema de juros abusivos cobrados pelo banco. “Não paguei uma prestação por causa de um equívoco. Aquilo que era R$ 1.315,00 virou R$ 4.472,00”, relata.

Já o aposentado Osvaldo Vicentini comprou uma máquina de lavar roupa no supermercado e a máquina quebrou após dez minutos de funcionamento. “Ela tinha garantia, mas o supermercado não quer me dar outra e diz que eu tenho que procurar a assistência técnica. Não existe nem assistência técnica nem SAC para essa marca”, reclama.

Anderson Tozato
Procon/PR informa que 80% dos ,casos atendidos são solucionados, mas alguns vão para a Justiça.

Voltar ao topo