Bancários de todo o País estão perto de nova greve

Como fazem anualmente desde 2004, os bancários de todo o País devem aprovar hoje o indicativo de greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira que vem. A categoria pede 10,25% de reajuste salarial (reposição da inflação mais 5% de ganho real). Após três rodadas de negociação, no dia 28 do mês passado a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs correção de 6%, ou seja, 0,58% de aumento real. O índice foi considerado insuficiente pelos trabalhadores, porém, em nova rodada de discussões, no dia 4 deste mês, os banqueiros não melhoraram a oferta.

Por isso, a orientação do Comando Nacional dos Bancários é pela rejeição da proposta patronal e deflagração da paralisação. No último dia 5, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) enviou carta à Fenaban informando o calendário de mobilização da categoria e destacando que os seguidos resultados positivos dos bancos permitem atender as demandas dos bancários. A Contraf vai aguardar proposta melhor até segunda-feira, quando ocorrerão novas assembleias para organizar a greve.

Lucro

“Como é o segmento que mais lucra no País, mesmo com a crise internacional, os banqueiros poderiam retomar a negociação e fazer uma proposta que atenda as reivindicações da categoria. Se não, o único caminho é a greve”, avalia o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Otávio Dias.

Categoria insatisfeita

Segundo Otávio Dias, a insatisfação é generalizada entre os trabalhadores de bancos públicos e privados. “A mobilização é grande, mas a ideia é manter o autoatendimento das agências funcionando, até porque nosso objetivo não é prejudicar a população, mas retomar a negociação”.

Dos 24 mil bancários do Estado, 18,5 mil trabalham na Grande Curitiba. A assembleia dos trabalhadores da capital e região será às 19h, no Espaço Cultural e Esportivo do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, na Rua Piquiri, 380 – Rebouças.

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