Avião leva 48 toneladas de Curitiba a Nova York

Um cargueiro modelo DC10 da empresa Varig Log inaugurou ontem uma nova rota entre o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, e Nova York, nos EUA. Foram embarcados 48 toneladas de produtos ? doze toneladas de ladrilhos de Santa Catarina e o restante calçados e couro bovino do Rio Grande do Sul ?, que valem aproximadamente US$ 400 mil. De Curitiba, a aeronave seguiu para Manaus (AM) e de finalmente para Nova York. O tempo previsto de viagem é doze horas.

Segundo o gerente de Operações de Carga da Varig Log, Ricardo Netto, a aeronave é o maior cargueiro de empresas brasileiras. Tem capacidade para cerca de 50 toneladas e chegou ontem de Frankfurt, na Alemanha, trazendo cerca de 37 toneladas de produtos, a maioria equipamentos e máquinas. Na próxima quinta-feira, está programada nova viagem de Curitiba a Nova York, com produtos do Sul do País. De acordo com Netto, embarcando a mercadoria em Curitiba e não em Porto Alegre, a economia chega a quase US$ 20 mil para o exportador. “O custo operacional da hora de um cargueiro como esse é de US$ 10 mil. Compensa vir para Curitiba através do transporte rodoviário a buscar no Rio Grande do Sul”, aponta Netto.

Infraero

Para o superintendente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Mário de Ururahy Macedo Neto, são várias as vantagens em exportar através do Aeroporto Afonso Pena. “Nossa capacidade de carga é quase o dobro da que estamos operando, o acesso é fácil, a posição do aeroporto está em meio à área fabril, o tráfego é baixo e há comodidade. Tudo isso faz com que o exportador do Cone Sul prefira o Afonso Pena ao aeroporto de Guarulhos. É mais vantajoso”, explica.

Segundo o superintendente, o Afonso Pena tem capacidade de armazenar 270 toneladas, mas só trabalha com 50% disso. Além disso, a exportação traria mais receitas, inclusive para o Estado e para o município de São José dos Pinhais, além de gerar empregos.

O Aeroporto Internacional Afonso Pena é o oitavo no ranking brasileiro de exportação e o nono no transporte de passageiros. A idéia, de acordo com Macedo Neto, é transformar o aeroporto em intermodal de cargas – ou seja, que tenha uma grande área destinada ao exportador, onde ele possa montar sua estrutura no próprio aeroporto. A meta é concretizar a idéia entre dois e três anos.

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