Atividades marcam o Dia da Mulher

Mães, trabalhadoras, estudantes, donas de casa, conselheiras, amigas… As mulheres não conseguem exercer apenas um papel. Apesar do cansaço e das dificuldades do dia-a-dia, as mulheres de hoje fazem a vida valer a pena. ?Mulher é guerreira. Levanto às 6h e só vou dormir à meia-noite. Mas precisamos lembrar de cuidar da gente também?, afirma a dona de casa Ana Maria Polaço da Silva. Então, nada mais justo do que receber um pouquinho de atenção. Pensar, mesmo que seja por pouco tempo, nelas mesmas. Ontem, no Dia Internacional da Mulher, as mães, trabalhadoras, estudantes e donas de casa puderam fazer exatamente isso.  

A comerciante Sirley Garzel saiu de Araucária para ir até a Boca Maldita, no centro de Curitiba, para participar de uma série de atividades especiais para as mulheres, promovidas por entidades e pelo Conselho Municipal de Saúde no local. ?Soube pelo rádio e vim para cá exclusivamente para isso?, comenta. Sirley era a primeira na fila da barraca da Rede Feminina de Combate ao Câncer. Ela queria tirar dúvidas e aprender a fazer o auto-exame que previne o câncer de mama. ?No ano passado, uma amiga minha descobriu que tinha câncer. Fiquei muito assustada ao vê-la aparentemente bem em um dia e tendo que fazer quimioterapia pouco tempo depois. Vi que não sabia nada do assunto. Até agora, só tinha feito os exames nas consultas com o ginecologista. Quero tirar todas as dúvidas e ainda ajudar a passar essas informações para frente?, explica Sirley.

Sirley: ?Tirando as dúvidas?.

E isso é muito importante, pois muitas mulheres ainda têm medo de fazer o auto-exame na mama e descobrir algum nódulo. De acordo com a voluntária da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Eliza Beccon, é uma luta diária convencer as mulheres a adotar o auto- exame como rotina. ?O câncer de mama é o que mais mata entre as mulheres. Mas o que mata é o medo de encarar a doença?, avalia. A integrante da Associação Amigas da Mama – que reúne mulheres que já tiveram a doença -, Maria de Lourdes Girotto, lembra que as mulheres devem fazer o auto-exame mensalmente, além de uma mamografia por ano.

As orientações sobre o câncer de mama foram apenas uma parte de todo o trabalho realizado para as mulheres, ontem, na Boca Maldita. Quem passou por lá, pôde medir a pressão arterial, tirar dúvidas sobre aposentadoria ou outros benefícios, conhecer as técnicas de fisioterapia e terapia ocupacional que podem ajudar no dia-a-dia, entre outros.

Ana Maria: ?Guerreira?.

Outra iniciativa interessante foi a exposição do Centro de Planejamento Natural da Família (Cenplafam). A entidade, que trabalha em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, orienta os casais que têm problemas para engravidar com técnicas naturais e apoio psicológico. É um atendimento feito antes da gestação, com o objetivo de discutir os prós e contras de uma gravidez, estimulando os possíveis pais a despertarem para a responsabilidade de colocar filhos no mundo.

História

O Dia Internacional da Mulher é comemorado em 8 de março porque nessa data, em 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, em Nova York (Estados Unidos) promoveram uma grande greve. Elas ocuparam o local e reivindicaram melhores condições de trabalho. Faziam uma jornada de 16 horas por dia e recebiam até um terço do salário de um homem que exercia a mesma função. As operárias foram trancafiadas dentro da fábrica onde, posteriormente, começou um incêndio. Cento e trinta mulheres morreram queimadas. Em homenagem a essas operárias, foi declarado o Dia Internacional da Mulher em 1910. 

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