Assentamentos impulsionam economia no Paraná

Os projetos de assentamentos do Estado vêm impulsionando a economia das regiões onde são implantados. Além de gerar novos postos de trabalho, inclusive na área urbana, contribuem para o aumento da arrecadação dos municípios. Um dos exemplos dessa transformação é a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, localizada na região sudoeste do Paraná. O município abriga dois assentamentos: Ireno Alves dos Santos, com 934 famílias, e Marcos Freire, com outras 484 famílias.

Os projetos foram criados, respectivamente, em 1996 e 1998. Segundo o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Joaquim Manoel de Souza Neto, a nova fase de Rio Bonito do Iguaçu pode ser medida pela abertura de estabelecimentos comerciais, como supermercados, farmácias, postos de gasolina, oficinas mecânica e lojas de materiais para construção, além da instalação de mais escolas.

A implantação dos dois assentamentos melhorou o fundo de participação do município. De uma fazenda que ocupava metade da área da cidade, surgiram 1.418 propriedades, um fator importante na arrecadação de Rio Bonito do Iguaçu. Estima-se que a renda tenha aumentado R$ 180 mil por mês. ?O mais importante de tudo isso é a dinamização da cidade. Só uma propriedade, que ocupava metade da cidade, dava 25 empregos. Hoje, são postos de trabalho nos assentamentos e na área urbana?, afirma Souza Neto.

Rio Bonito do Iguaçu passou de 11 mil habitantes para 20.500 depois da criação dos assentamentos. ?Foi um bom negócio para o município?, analisa o secretário. Mas também há uma contrapartida: o aumento da população fez com que o município fosse obrigado a investir mais em unidades de saúde, assistência social e transporte. Souza Neto diz que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) está auxiliando o município na manutenção de estradas e na distribuição de água nos assentamentos.

O superintendente do Incra no Paraná, Celso Lisboa de Lacerda, conta que o órgão visa a implantação de projetos de reforma agrária em regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), como as áreas central, sul, sudoeste e noroeste do Estado. ?Temos feito isso porque os assentamentos refletem muito na economia dos municípios e no aumento populacional?, explica, citando os municípios de Palmas, General Carneiro, Rio Bonito do Iguaçu, Nova Laranjeiras, Cantagalo e Pinhão como exemplos bem sucedidos. ?São municípios que passaram a ter outro nível de desenvolvimento?, completa.

O superintendente revela que o Incra tem recebido, nos últimos anos, muitos pedidos de prefeitos que querem a implantação de projetos de assentamentos nos municípios que administram. Existem 290 assentamentos no Estado, que abrigam 19 mil famílias e geram 60 mil empregos. São pessoas que vivem diretamente da atividade. ?Só isso já justifica o assentamento?, esclarece.

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