Asilo de idosos pede ajuda para não fechar

Idosos do Centro de Amparo Irmã Cleuza, em Piraquara, estão passando por dificuldades. A arrecadação mensal da entidade gira em torno de R$ 3.500.00 mas as dívidas ultrapassam este valor em mil reais. Além disso, os responsáveis contraíram uma dívida de R$ 6 mil para reformar a casa.

A casa mantém dezoito velhinhos. Grande parte deles foi encaminhada pela Fundação de Ação Social (FAS), da Prefeitura de Curitiba. Outros foram levados por parentes e agora estão esquecidos lá. Uma das senhoras foi levada pela irmã depois que teve o segundo derrame. Outro foi encontrado em uma casa, abandonado e em condições de risco, e foi encaminhado pela FAS. “Eles têm toda a vida deles dentro de um saco. Tudo ali, documentos, roupas… é tudo o que têm”, diz Rafaela Lisboa, uma das voluntárias.

O pagamento das contas da entidade estão atrasadas, entre elas dois talões de água e um de luz, sem contar as prestações da reforma que gira em torno de R$ 800,00. “Não temos mais como manter o centro sozinhos”, diz Rafaela. Ela comenta que até a aposentadoria de sua mãe, que foi a fundadora do centro, e o salário dos irmãos ajudam nas despesas da entidade. Só com a alimentação do pessoas gastam cerca de 25 cestas básicas por mês..

Outra problema é a falta de pessoas para cuidar dos idosos e de profissionais especializados, como médicos, nutricionistas e fisioterapeutas. Apenas duas mulheres trabalham na casa, uma na cozinha e a outra na limpeza. Os demais serviços são feitos por Rafaela e os dois irmãos que atuam como voluntários.

Eles também precisam de uma condução para transportar os idosos para receber a aposentadoria. De acordo com Rafaela, às vezes, eles têm que levar alguns velhinhos até três vezes ao banco para que o dinheiro seja liberado. Também há dificuldade para se deslocar até os postos de saúde. Outro problema é a falta de uma lavanderia industrial.

Para passar o tempo, os intrnos assistem teve e jogam conversa fora. De vez em quando Helena Rodrigues Pereira, de 63 anos, alegra a casa cantando canções religiosas.

“Se nada for feito, a gente vai ser obrigado a fechar”, argumenta Rafaela. Rafael Lisboa da Silva, um dos irmãos, cobra o apoio do poder público. “Se todas as casas que cuidam de idosos fecharem quero ver onde as prefeituras vão colocar tanta gente”, comenta. Quem quiser ajudar a entidade, seja por meio de serviço voluntário ou fazendo doações, deve entrar em contato com a entidade pelo telefone (41) 667-0624.

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