Arrombamentos e golpes aumentam no fim de ano

O fim de ano traz um tormento para a população. Com o fim de ano e a chegada das férias escolares, muitas famílias viajam para o interior do Estado ou para as praias, acreditando que deixaram tudo em casa na maior segurança. Mas, nessa época, os arrombamentos de residências aumentam até 20% , de acordo com o delegado Rubens Recalcati, da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR).

A falta de monitoramento eletrônico, de alguém responsável para cuidar da casa enquanto a família viaja, de grades de segurança e da presença de um cão de guarda são alguns dos itens apontados pelo delegado que contribuem para o crescimento do número de arrombamentos nas residências. “Os invasores só esperam uma oportunidade para realizar o arrombamento. Eles ficam observando, verificam como está a segurança da casa, vêem se as correspondências foram recolhidas para dentro e aí conseguem entrar”, alerta o delegado.

Pedir para um vizinho ou parente tomar conta da casa durante o período de viagem é uma opção citada pelo delegado. Outro exemplo seria a instalação de um sistema de iluminação acionado à noite por fotocélula.

“É importante também deixar algum telefone de contato com algum vizinho”, aconselha. “Caso aconteça algo, a polícia que chegar na residência arrombada vai poder ter contato com os donos.”

De acordo com as instruções do delegado, a primeira providência a ser tomada por uma vítima de arrombamento é avisar o distrito policial do bairro onde mora, ou ir direto à DFR, na Rua Afonso Camargo, 2239, para fazer um boletim de ocorrência.

Roubos e golpes

Junto com o arrombamento, outros dois problemas se agravam com a chegada do final de ano: os roubos e golpes. “Os roubos aumentam nessa época em até 90%. É preciso ter todo o cuidado do mundo nas ruas, sinaleiros, nos bancos e nos estabelecimentos comerciais. Colocar a carteira e bolsa em locais seguros e estar sempre atento é fundamental”, diz Rubens Recalcati.

Os golpes também acontecem em grande número nesta época do ano. Os golpistas se aproveitam da distração de algumas pessoas e acabam atrapalhando todo o planejamento de um fim de ano, levando todo o dinheiro da vítima.

“Como é uma época em que as pessoas recebem o 13.º, há muita circulação de dinheiro na cidade”, afirma o delegado Roberto Almeida, da Delegacia de Estelionato. “Muitas pessoas vão aos bancos, e os golpistas aproveitam para lesar os mais distraídos. A pessoa que é abordada por um estranho nas ruas não deve se envolver em nenhum tipo de conversa para evitar uma possível perda.”

Alguns dos principais golpes aplicados com maior frequência no final do ano

Paco

Normalmente é aplicado por duas pessoas. A vítima encontra um maço supostamente cheio de dinheiro (na verdade, só a nota de cima é verdadeira, o resto é papel sem valor) e é convencida a deixar a sua carteira com dinheiro e documentos com os golpistas, para poder ganhar uma gratificação pela devolução do pacote. Quando volta ao local do encontro, os estelionatários sumiram e ela fica sem a recompensa.

Bilhete premiado

A vítima é enganada também por dois estelionatários. Um deles se passa por caipira. Os golpistas convencem a vítima de que possuem um bilhete premiado da Mega-Sena e fazem com que ela dê garantias em dinheiro e jóias, para que possa participar da divisão do prêmio, que na verdade nunca existiu.

Cartão magnético

É um golpe aplicado no interior dos caixas automáticos, sempre nos fins de semana e no período noturno. A vítima introduz o cartão no caixa eletrônico, que fica retido pela máquina. O telefone do caixa não funciona e então aparece o golpista que oferece o celular para que a vítima ligue para o “funcionário? – (outro estelionatário) do banco e passe todos os seus dados e a senha. A vítima só percebe que caiu no golpe quando consultar o saldo de sua conta corrente.

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