APP-Sindicato encerra ato em Curitiba

Com um ato público, que contou com a participação de diversos sindicatos que representam universidades e órgãos públicos, a APP-Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná encerrou ontem a vigília que fazia em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, em Curitiba. Desde terça-feira, um grupo de professores permaneceu acampado no local como forma de lembrar a data-base das categorias ligadas ao governo do Estado, que é primeiro de junho. Na próxima segunda-feira, o sindicato se reúne com representantes do governo estadual para discutir as reivindicações de reajuste salarial e do plano de carreira da categoria.

O diretor de imprensa e divulgação da APP, Luiz Carlos Paixão da Rocha, disse que a vigília cumpriu sua proposta e, agora, resta aos professores aguardarem a posição do governo na reunião da próxima semana. Para o encontro, afirma a também diretora do sindicato, Marlei Fernandes, a categoria espera que o governo apresente propostas concretas de negociação quanto ao reajuste salarial que reivindicam de 56,94%, a ser pago em duas parcelas, nos meses de junho e dezembro. Com esse índice, os educadores teriam os salários equiparados com os demais servidores do Estado com formação superior. ?Colocamos a proposta na mesa. Se o governo diz que não pode cumprir e que não concorda com a forma que apresentamos, que diga quais são as condições. Daí vamos avaliar?, enfatiza a professora. ?O que não aceitamos é que o governo diga que não tem como fazer isso. Há sobras de recursos da Educação e do Fundef – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental – que não estão sendo aplicadas?, atesta.

A APP também pretende discutir sobre a implantação de plano de cargos e carreira para os trabalhadores que atuam na área da educação. Tanto essa exigência quanto a de reajuste salarial são referentes a dois projetos de lei – números 150 e 149 de 2006, respectivamente – para os quais os professores exigiam votação imediata na Assembléia Legislativa. Ambos, no entanto, foram adiados na esperança que as conversas com o governo resolvam as questões. ?Caso não haja avanços, remeteremos novamente os projetos para serem apreciados pelos deputados?, promete Marlei, que, junto com os professores Luiz Carlos Paixão da Rocha e Miguel Angel Baez, integra o colegiado que desde ontem preside o sindicato. O professor José Lemos, que ocupava o cargo, está afastado para concorrer nas eleições de outubro a deputado estadual pelo PT.

Calendário

A vigília da APP cumpriu apenas um dos atos que a entidade havia programado para o mês de junho, de forma a chamar a atenção do governo e da sociedade para suas reivindicações. Os professores estão mobilizados nas escolas de todo o Estado, alertando pais e alunos sobre a importância do reajuste, e prometem para o feriado de Corpus Christi, no próximo dia 15, um ato ecumênico em Ponta Grossa seguido de marcha até Curitiba, com participação de servidores de todo o Paraná. Segundo a professora Marlei, o objetivo é pressionar para que o governo cumpra a determinação constitucional de promover reajustes na data-base. ?A lei foi aprovada há 16 anos e, até hoje, nenhum governo a cumpriu. Pedimos que atendam aos professores fazendo o reajuste salarial?, finaliza.

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