Alunos da Espírita fazem protesto contra a greve

Os estudantes das Faculdades Integradas Espírita fizeram ontem pela manhã uma manifestação em frente a instituição para reivindicar a volta das aulas, paralisadas desde o último dia 10 em função da greve dos professores. Hoje os professores participam de uma assembléia para decidir se aceitam a proposta da direção da faculdade de receber em dez dias os salários atrasados. Se não houver acordo, os estudantes irão ingressar com reclamações na Justiça e no Procon para reivindicar o direito ás aulas.

O presidente do centro acadêmico do curso de Zootecnia, Cesar Santucci Filho, disse que não entende o motivo do atraso nos salários dos professores, pois afirma que a inadimplência na instituição não chega a 30%. “Alguns cursos, como a Zootecnia, o pagamento é semestral, então existe dinheiro em caixa”, revelou. O acadêmico falou ainda que os alunos propuseram montar uma comissão para discutir junto com a direção da universidade o destino dos recursos, mas a sugestão não foi aceita. A acadêmica de Biologia Rafaela Antunes também não entende como a instituição diz não ter recursos, “pois as mensalidades variam de R$ 200, 00 a R$ 500,00 e maioria dos alunos paga em dia”.

Hoje os cerca de 150 professores da universidade se reúnem em assembléia para avaliar a proposta da direção, que promete pagar os salários atrasados em 10 dias, desde que eles retomem as atividades. O vice-presidente do Sindicato dos Professores de Ensino Superior (Sinpe), Valdyr Perrini, revelou que os professores de graduação estão sem salário s desde junho e os de pós-graduação desde julho. Esses atrasos, segundo Perrini, são constantes na instituição. “Até final de 2000 os professores estavam recebendo em dia porque a universidade sofreu um processo de intervenção da Justiça do Trabalho. Agora esperamos ingressar com a mesma medida para garantir os pagamentos”, finalizou.

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