Alunos aprendem cultura egípcia

Os egípcios acreditavam que com o processo de mumificação eles poderiam reencarnar. Por isso, quando morriam eram colocados ao seu lado objetos pessoais que seriam usados na nova vida. Para contar detalhes dessa história, estudantes do primeiro ano do ensino médio do Colégio Dom Bosco, em Curitiba, reproduziram uma câmara mortuária egípcia para ser visitada por alunos do ensino fundamental e da educação infantil.

Logo na entrada da câmara, o deus da morte, Anúbis, dá as boas-vindas aos visitantes. No fundo da sala, uma múmia repousa em seu sarcófago e ao seu lado há diversos objetos pessoais, como potes e vasilhas de cerâmica, instrumentos musicais e cadeiras. Na parede, um quadro mostra o deus Osíris fazendo o julgamento da pessoa que morreu, pesando o seu coração em uma balança, onde uma pena serve como contrapeso. Se ela não teve pecados enquanto viveu poderá reencarnar e terá a vida eterna. As paredes também contêm inscrições egípcias, com parte do Livro dos Mortos.

Tudo isso foi produzido pelos alunos. Rodrigo Kos Scarpetta, de 15 anos, foi um dos estudantes que participou da pesquisa e da monitoria, explicando a cultura aos alunos das séries iniciais. Ele não imaginava que ela fosse tão diferente da nossa. “Eles acreditavam em vida após a morte e que o coração era pesado e julgado num tribunal”, explica, acrescentando que o trabalho também ajudou no seu desempenho nas provas.

Anna Victória Mattei, 16, achou interessante a escrita daquele povo. “Eles representavam o dia-a-dia por meio de símbolos”, diz. Para ela, a atividade não foi proveitosa só para eles, mas para os pequenos também. “Eles puderam visitar o local e vivenciar a história de uma forma prática”, diz.

O trabalho foi coordenado pelas professoras de História, Maria Cristina Lindstron, e Arte, Silvana Beatriz Kupchak. Maria explica que os alunos aprenderam com mais facilidade os conteúdos, ao mesmo tempo que desenvolveram valores como a responsabilidade e o respeito, já que tinham que explicar o assunto para os pequenos.

Baixo custo

Para realização do trabalho não foram usados materiais caros. A múmia ganhou forma com jornal, cola e gaze. O deus Anúbis foi feito de argila e a câmara confeccionada com canos de PVC e papel bobina. As paredes e quadros foram pintadas com tinta, canetinha e giz de cera. “Vamos reaproveitar todo esse material”, diz Silvana. Além do sarcófago, os alunos também desenvolveram um site e histórias em quadrinhos sobre o assunto.

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