Cerca de 200 agentes penitenciários concentraram-se, na manhã desta quarta-feira, em frente ao Palácio as Araucárias, para protestar por melhores condições de trabalho.
Em estado de greve desde o último dia 19, eles foram recebidos pela secretária de Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, e pelo secretário de Administração Luiz Eduardo Sebastiani.
Os agentes pedem, entre outras reivindicações, um aumento de 54,7% na gratificação por periculosidade e a contratação de mais 1500 agentes em concurso público.
“Todas as outras categorias que atuam dentro dos presídios tiverem esse reajuste de 54,7% em suas gratificações. Queremos isonomia”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Agentes penitenciários do Paraná, Antony Johnson. “Os 1500 novos agentes são o mínimo necessário para trabalharmos em segurança. Hoje temos 3100 agentes, muitos dele em desvio de função ou em algum tipo de licença, para 16 mil presos, sendo que a recomendação é de um agente para cada cinco presos”, contou.
Johnson informou que os agentes estão trabalhando em operação padrão desde a definição do estado de greve. “Nossa operação padrão é nada mais que o cumprimento literal da cartilha do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), que determina um agente para cada preso em cada movimentação. Hoje, pela falta de efetivo, estávamos fazendo em um para cada três presos, ou, até, seis”, disse, informando que a operação padrão atrasa visitas, acesso dos advogados e atendimentos médicos ou odontológicos, por exemplo.
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