Paralisação

Agências do Banco do Brasil não abrem nesta terça

Clientes do Banco do Brasil (BB) não devem encontrar nenhuma agência aberta hoje, por causa da paralisação nacional de 24 horas em protesto contra os prejuízos causados pelo novo Plano de Funções Gratificadas e de Confiança. O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região pretende fechar as 45 agências e os centros administrativos na cidade e municípios vizinhos, onde trabalham cerca de 6 mil bancários.

“O plano publicado em 28 de janeiro, unilateralmente, sem discussão com movimento sindical e trabalhadores, afeta quase 30 mil bancários. Propõe a mudança de jornada com redução do salário, o que altera também o plano de carreira do funcionalismo”, critica o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Otávio Dias. Segundo o sindicalista, a categoria tentou negociar com a direção do banco e pediu intermediação de políticos, sem sucesso. Por isso, na quinta-feira, a paralisação foi aprovada em assembleia.

Mobilização

“Acreditamos na grande mobilização, não só em Curitiba, mas em todo o País. As principais capitais estão mobilizadas para a paralisação. Esperamos que a insatisfação dos funcionários force a retomada do processo de negociação”, aposta o dirigente. Para Dias, as ameaças do banco de descontar o dia não trabalhado e os ataques ao movimento sindical demostram “falta de respeito com o funcionalismo”.

Alternativas pros clientes

Algumas transações, como pagamentos, podem ser feitas por outros meios, como internet, lotéricas, farmácias e supermercados. O Procon-PR recomenda que o cliente que tiver qualquer prejuízo com a paralisação formalize a reclamação pelo 0800-411512 ou pessoalmente, na Rua Presidente Faria, 431, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.

Banco nega acusações

Em nota, o BB ressalta que o plano é “totalmente aderente à legislação trabalhista e valoriza os funcionários”. Segundo o banco, a adesão às jornadas de seis horas é voluntária e poderá ocorrer a qualquer tempo, com aumento de 12% no valor da hora de trabalho. “Ou seja, não haverá desvalorização do salário, mas redução do número de horas trabalhadas a serem pagas”, ressalta. A jornada atual é de oito horas.

17h.