Advogadas discutem mercado de trabalho

Os problemas que as mulheres advogadas enfrentam no mercado de trabalho e as maneiras mais adequadas de tratar mulheres vítimas de violência doméstica foram os principais temas discutidos no 2.º Encontro Estadual da Mulher Advogada, promovido pela seção Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR). O evento começou na última sexta-feira e terminou ontem. O principal objetivo foi integrar as mulheres advogadas do Paraná e levar idéias novas para os municípios participantes.

A organização reuniu informações e entregou uma carta ao presidente da OAB-PR, Alberto de Paula Machado. A presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB Paraná, Sandra Lia Leda Bazzo Barwinski, diz que as dificuldades enfrentadas na profissão são muitas, como em todas, e a discriminação ainda impera. ?A discriminação é velada, mas ainda existe. As advogadas se ressentem disso, o que muitas vezes dificulta o tratamento dos clientes. É uma questão cultural que tem que ser mudada.?

Ela disse ainda que os problemas enfrentados pela mulher advogada são praticamente os mesmos da categoria em geral, como a morosidade na justiça e as falhas na infra-estrutura. ?Nossa idéia não é só criticar, mas melhorar o exercício da advocacia?, disse Sandra.

Ontem, a discussão no encontro foi voltada à violência doméstica contra a mulher e teve a participação de profissionais de outras áreas. A enfermeira e técnica do Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência, Terezinha Mafioletti, coordenou uma das oficinas, que foram divididas em Gênero, Cidadania e Violência Doméstica. ?Uma das fases mais perversas da desigualdade é a violência doméstica. Para combatê-la, temos que priorizar a educação, a prevenção e a organização dos serviços?, disse Terezinha.

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