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Acordos podem deixar os pedágios mais baratos

O diretor regional da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR), João Chiminazzo Neto, disse ontem (29) à CPI do Pedágio da Assembleia Legislativa que está empenhado em fazer com que os acordos que começam a ser desenhados entre as empresas de pedágio e o governo culminem com a redução dos valores das tarifas e a realização de obras que não estejam inicialmente propostas no contrato vigente. “Posso assegurar que nós estamos olhando para o consenso, que terá que passar pela busca de tarifas reduzidas e realização de obras”, declarou .

Chiminazzo revelou que as seis pedageiras que atuam no Paraná tiveram receita de R$ 10,9 bilhões entre 1998 e 2012. Neste período, geraram 2.168 empregos diretos e investiram cerca de R$ 3 bilhões. “O pedágio no Paraná não é uma caixa preta. Nada está escondido, nada está escuro. Todos os documentos sempre estiveram disponíveis, os balanços anuais são sempre publicados e auditados. Não há o que esconder, nem como esconder. Somos fiscalizados por mais de 100 instituições”, ponderou o diretor da ABCR.

Obras

Chiminazzo negou que existam obras não executadas e previstas nos contratos. De acordo com ele, todas as empresas cumprem rigorosamente o cronograma de obras previsto no contrato com os devidos aditivos contratuais. Ele também alegou que as concessionárias não têm lucros abusivos com os contratos e, por esta razão, todo e qualquer acordo precisa respeitar os parâmetros iniciais de lucratividade. “O lucro não vai além do justo e não é maior do que o de outras concessões como da telefonia e da energia elétrica”, disse. O dirigente reiterou que as negociações com o governo estariam em estágio avançado e culminariam com o interesse do povo. Ele não negou a possibilidade de se discutir a prorrogação de contratos item reprovado pela CPI.

Após a reunião, o presidente da CPI do Pedágio, deputado Nelson Luersen (PDT), disse que vislumbra cada vez mais a possibilidade real de redução de tarifas do pedágio e de retomada de obras. Na opinião do parlamentar, isto seria possível através de Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta (TAC). “O reencontro de valores é possível e terá que ser feito”, acentuou. A comissão tem até 2 de março para encerrar as investigações e apresentar relatório final sobre as concessões de pedágio no Estado.