Acidente contamina trecho da BR-116

O vazamento de quase 15 mil litros de um produto químico, altamente tóxico e inflamável, fechou ontem a BR-116 no quilômetro 48, sentido Sul. O acetato de anila, utilizado na composição de tintas, era a carga de um dos caminhões que colidiram no município de Campina Grande do Sul. O acidente foi por volta das 3h30. A pista foi fechada totalmente durante a madrugada e, por 20 minutos, por volta das 9h30. Ainda no início da tarde, boa parte do material havia evaporado, mas o risco de incêndio ainda existia.

De acordo com o policial rodoviário federal Fernando Costa, o produto estava sendo transportado pelo motorista Rubens Maldonado, 44 anos, do Mercedez-Benz placa BUP-8170, de Santo André (SP). Esse veículo foi atingido, na traseira, pelo caminhão Volvo com o cavalo de placa MGU-0611, de Tubarão (SC). Com ferimentos leves, principalmente corte na cabeça, o motorista Jocemar Rafael Thomé foi encaminhado ao Hospital Angelina Caron.

Na pista, não havia marcas grandes de pneu, o que indicava que o motorista nem chegou a frear antes de bater.

Ainda segundo Costa, a colisão foi forte e estragou a válvula do ?tanque? do Mercedez, o que fez vazar todo o líquido tóxico. Além da PRF, foram chamados para ocorrência o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros. O acetato escorreu por quase 500 metros no acostamento e no solo próximos.

Segundo o aspirante Taylor Thomaz, do Corpo de Bombeiros, o órgão foi acionado por volta das 4h. Ele disse que a rachadura no caminhão onde estava o produto foi grande, o que impossibilitou a contenção do líquido. ?O material escorreu e a equipe só conseguiu conter o produto no final. Eles cavaram um buraco, colocaram uma lona e fizeram uma espécie de canaleta para direcionar o material para o buraco. A camada contaminada do solo será retirada?, afirma.

Ainda de acordo com Thomaz, por ser muito volátil, boa parte do acetato derramado já havia evaporado no final da manhã.

A empresa que fez a raspagem e a retirada do solo contaminado, a SOS Cotec, especializada no trabalho com produtos perigosos, foi contratada pela própria empresa responsável pela carga derramada. De acordo com o funcionário da empresa, Carlos Romano, o serviço não seria rápido. ?O produto não penetrou muito no solo, mas já agride o meio ambiente. A sorte é que não há água por perto?, comenta. Todos os procedimentos foram acompanhados pelo IAP.

BR-277

Um caminhão carregado com pedras de mármore tombou no quilômetro 21 da BR-277 por volta das 13h de ontem. O veículo seguia para Curitiba, mas acabou atravessando o canteiro central da rodovia e virou sobre a pista contrária. O tráfego ficou bloqueado para quem seguia para Paranaguá, no litoral, durante o trabalho de limpeza e retirada das pedras. A rodovia foi liberada às 14h. Três quilômetros de fila se formaram no local.

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