Paraná quer novos Arranjos Produtivos Locais

O governo do Estado vai reivindicar ao governo federal a inclusão de novos Arranjos Produtivos Locais (APL´s), conjunto de empresas de um mesmo setor, para o Paraná. O pedido será feito pelo secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Luis Mussi, nesta quarta-feira (2) durante o Fórum Nacional de Secretários de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Fonseic), em Brasília.

Segundo Mussi, o evento promovido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), deve articular parcerias entre os governos estaduais e federal. "Junto ao ministro Luiz Fernando Furlan, dirigentes do BNDES, da Apex, Secex e Sebrae, o encontro vai servir para conciliar os legítimos interesses do Paraná", diz. "No Paraná, cinco APL´s irão receber recursos do governo federal e já estamos mobilizando as comunidades locais para que novos arranjos produtivos sejam beneficiados", acrescenta.

Ponta Grossa

Mussi esteve terça-feira em Ponta Grossa, onde ouviu a reivindicação de empresários e lideranças políticas sobre a proposta de formação de APL´s na região para os segmentos de madeira, mecânica e confecções. Na reunião promovida pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da prefeitura, Mussi assegurou que o governo estadual pode ajudar o município na consolidação de APL´s e pleitear junto ao governo federal recursos para a viabilização.

Para o prefeito de Ponta Grossa, Pedro Wosgrau Filho, a consolidação de APL´s resulta em crescimento de emprego e renda nas cidades. "Todos os municípios com um pólo de confecção ou moveleiro apresentam taxas de desemprego muito baixas. A implantação de um APL também traz escolas profissionalizantes e gera formação de mão-de-obra especializada", diz Wosgrau.

Panorama

Atualmente, cinco arranjos produtivos consolidados no Paraná foram eleitos prioritários pelo governo federal: madeiras e móveis de Arapongas, vestuário em Cianorte (que engloba Maringá e Londrina), portas e janelas em União da Vitória, cal e calcário na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e bonés em Apucarana.

No último mês, o governo estadual autorizou a liberação de R$ 50 mil para a análise e levantamento completo do setor de bonés em Apucarana. A cidade responde por 50% da produção nacional e produz em média 4 milhões de unidades por mês. 

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