Paraná propõe produzir 60% do trigo do País

O secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Deni Schwartz, entregou hoje ao diretor do Departamento de Abastecimento Agropecuário da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Maria dos Anjos, a contribuição do Estado, que é o maior produtor brasileiro do cereal, para a elaboração do Plano Plurianual para o Desenvolvimento da Cadeia do Trigo nos próximos cinco anos.
O objetivo é tornar o País capaz de produzir pelo menos 60% do trigo que consome até 2007. Com isso, o país poderia reduzir o volume de exportações de 7,4 milhões de toneladas para menos de 4,4 milhões, uma economia de mais de US$ 500 mil anuais em divisas, que poderia ser investido no cultivo de novas áreas. Atualmente o Brasil consome 10,4 milhões de toneladas das quais 70% são importadas. A proposta foi aprovada por representantes dos segmentos industrial, de produção de sementes, cooperativas e triticultores.
As novas diretrizes sugeridas pelo Paraná estimulariam a elevação do número de propriedades rurais com a cultura de 83 mil para 141 mil, com a geração de mais 100 mil empregos diretos, que passaria de 140 mil postos para mais de 240 mil. ?Conseguiríamos, ao mesmo tempo, economizar o dinheiro da importação para fazer renda no mercado interno, já que o trigo é a melhor opção para cultivo em larga escala durante o inverno?, disse Deni.
Para chegar a esses resultados, a proposta desenhada no Paraná prevê a expansão da área plantada de 2 milhões de hectares para 3,4 milhões de hectares e a produção de 3 milhões de toneladas para 6,5 milhões de toneladas. Toda essa oferta, prevê a proposta, deverá ser absorvida pelos moinhos nacionais, que assumiriam o compromisso de se abastecer da produção de trigo brasileiro.
A iniciativa paranaense será compartilhada com os demais Estados produtores Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Bahia. De acordo com José Maria dos Anjos, a assinatura do plano deverá acontecer ainda durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

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