O intercâmbio entre o Brasil e a Índia, que em 2003 totalizou US$ 1,65 bilhão, deve chegar a US$ 2 bilhões em 2005 e a tendência para 2012 é de um crescimento de cerca de 1000%, quando os negócios entre os dois países poderão chegar a US$ 20 bilhões.
A previsão é do presidente da Câmara de Comércio Brasil-Índia, Rômulo Thomé, que participou nesta segunda-feira do evento "Oportunidades de Mercado com a Índia", promovido pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), em parceria com a Câmara.
O encontro reuniu empresários e representantes do governo do Paraná. Segundo Thomé, a relação comercial entre os dois países é ainda muito tímida, mas há um potencial muito grande para crescer. "Para isso. é preciso ter a cultura do empreendedorismo e prospectar mercado", disse.
Setores
De acordo com Thomé, as áreas potenciais para o crescimento dos negócios, especificamente para o empresariado paranaense exportar para a Índia, são madeira e móveis, papel e celulose, confecção e máquinas para indústria pesada. Já a Índia pode oferecer ao Paraná principalmente fármacos e softwares.
"Para nós é muito interessante porque estes dois itens estão entre as prioridades da nossa política industrial", destacou o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, que na segunda quinzena de fevereiro estará viajando para a Índia para prospectar negócios para os industriais paranaenses.
Atualmente cerca de 45 empresas paranaenses exportam para a Índia. O intercâmbio comercial entre o Paraná e o país asiático é de US$ 121,2 milhões, sendo US$ 81 milhões oriundos de exportações locais e US$ 40,1 milhões de importações realizadas por vários segmentos da economia do Estado.