Paraná perdeu R$ 5 milhões na venda de floresta em 1999

O presidente da Ambiental Paraná Florestas, Djalma de Almeida César, apresentou, nesta terça-feira (17), o contrato, assinado em 1999, entre a extinta Banestado Reflorestadora e uma madeireira de Ponta Grossa para a venda subfaturada de uma floresta de pinus de 3.252 hectares. A madeira foi comprada pela Águia Florestal Indústria de Madeira Ltda. por R$ 6,35 milhões, mas auditoria contratada em 2003, pela Ambiental, aponta que o lote valia quase o dobro. A diferença entre o preço pago pela madeireira e o valor levantado pela auditoria é de R$ 5 milhões, em valores da época.

?A Ambiental já foi à Justiça para que o Estado seja indenizado por mais essa perda?, disse Requião, após a apresentação realizada na reunião semanal da Escola de Governo, no auditório do Museu Oscar Niemeyer. O caso está sendo analisado na 2.ª Vara da Fazenda Pública, Falências e Concordatas de Curitiba. ?O juiz deverá indicar um perito para realizar laudo judicial, que poderá embasar uma ação indenizatória?, explicou Almeida César. Ele também encaminhou a documentação do caso ao secretário especial de Corregedoria e Ouvidoria Geral do Estado, Luiz Carlos Delazari.

Os 3.252 hectares de pinus vendidos abaixo do preço de mercado localizam-se na Fazenda Herval do Xaxim, nos municípios de Castro, Ponta Grossa e Campo Largo. O contrato 338/99, entre a Banestado Reflorestadora e a Águia Florestal, previu pagamento de R$ 6,35 milhões, divididos em pagamento inicial de R$ 585 mil, oito parcelas mensais de R$ 144 mil e mais 64 pagamentos de R$ 72 mil, corrigidos pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Esse preço estava mais de R$ 5 milhões abaixo da média de mercado em abril de 1999, segundo a auditoria realizada a pedido da Ambiental Paraná Florestas.

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