Paraná fabrica simulador de vôo

Uma parceria entre o Instituto de Tecnologia do Paraná ? Tecpar e a Escola Paranaense de Aviação (EPA) está trazendo para Curitiba a fabricação do primeiro simulador de vôo de médio porte a ser gerado em território brasileiro. O projeto já vem sendo desenvolvido em Curitiba desde o ano passado com o apoio do Progex/Tecpar (Programa de Apoio Tecnológico à Exportação). Foi atingida tal performance levando em conta as inovações e a qualidade do produto aqui produzido, que a empresa fabricante nos Estados Unidos, a "Elite Simulator Solutions", para quem o produto inicialmente era encaminhado, convidou a EPA para ser a sede da nova fábrica-montadora que está para ser desativada nos EUA.

Trata-se de um simulador de vôo de médio porte, utilizado por companhias de táxi aéreo para reciclagem dos pilotos e por faculdades de ciências aeronáuticas. O Brasil ainda importa estes simuladores, mas após esta iniciativa da EPA, que está sendo responsável pela nacionalização do simulador, o panorama de importação e nível tecnológico neste setor poderá mudar significativamente para o Paraná e o Brasil em pouco tempo. "Essa transferência está sendo feita de forma gradativa. Na primeira etapa está vindo a maioria do hardware do simulador, para ser montado mecanicamente aqui pela EPA. A sua nacionalização acontecerá gradativamente, através do desenvolvimento de fornecedores nacionais.

Na segunda etapa virão os softwares que vão coordenar a operação do simulador. Já existe contrato com o Progex/Tecpar para adaptação do hardware ao processo produtivo para sua produção em Curitiba, a fim da busca de um produto 100% nacional, inclusive incluindo a cabine de vôo. A expectativa da EPA é que em um ano e meio será feita à transferência total de tecnologia ao Brasil" – explica Lúcio de Almeida, coordenador do Progex, que já funciona há quatro anos no Tecpar.

O produto "protótipo" fabricado em Curitiba estará sendo exposto na segunda maior feira de aviação dos Estados Unidos, a "Sun & Fun", que será realizada em abril, na Flórida. "Nossa produção tem uma visão mais de médio e longo prazo. É uma transferência de tecnologia ao Paraná que ganhou força graças à parceria com o Tecpar. O mercado é muito grande e vai atingir desde os apaixonados pelo vôo virtual para uso doméstico, até sua utilização profissional. O simulador exibe uma máscara sobre a tela do computador, com todos os botões para poder mexer no controle do avião. Expõe todos os componentes necessários, como manche, manete de potência, painel de rádio, pedais e, numa primeira fase, vamos utilizar o software da própria Elite Simulator Solutions, já desenvolvido, até termos um produto inteiramente nosso" ? detalha o coronel Djalma Farias, diretor da Escola Paranaense de Aviação.

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