Paraná avalia os dois lados da Lei de Biossegurança

O secretário especial para Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira, disse nesta segunda-feira (14) numa conferência que, na sua condição de médico patologista e professor da UFPR, vê vantagens na Lei de Biossegurança aprovada pela Câmara Federal. "Se analisarmos a lei sob o aspecto da possibilidade de pesquisas sobre as células-tronco, os benefícios são inegáveis", afirmou.

"O uso terapêutico do cultivo de células embrionárias traz um benefício universal. A comunidade científica ganha um patrimônio porque a aplicação das pesquisas sobre células-tronco não dependerá de patentes para terapias de difícil cura como as que envolvem o diabetes, infarto e restituição de células", justificou.

Diferente dessa questão, alertou, o que não pode ser aceito na Lei de Biosseguraça é a aprovação das questões relacionadas à liberação do plantio e comercialização dos produtos transgênicos. "A transgenia só fortalece nossa escravidão tecnológica porque sua aplicação depende de uma patente e do pagamento de royaties".

A palestra de Nizan Pereira foi feita para estudantes da área da saúde da UFPR. O secretário, médico e professor lembrou que, por esses motivos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve sancionar os itens relacionados com os trangênicos na Lei de Biossegurança, reforçando apelo já feito ao presidente pelo governador Roberto Requião.

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