Paralisação dos bancários é parcial em São Paulo

São Paulo – A greve de 24 horas dos bancários, deflagrada nesta terça-feira (26), paralisou parcialmente as agências bancárias de São Paulo. Nesta manhã, ficaram paralisadas 105 agências e centros administrativos da capital paulista, segundo comunicado do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

No total, pararam 30 mil trabalhadores dos 106 mil representados por esse sindicato.

No centro da capital, na parte da manhã, poucas agências estavam totalmente paradas. Em cinco agências visitadas pela Agência Brasil, apenas duas estavam totalmente fechadas. Além dos serviços de atendimento automático e por meio de telefone e internet, os bancos ainda utilizavam hoje profissionais terceirizados no atendimento de orientação em terminais eletrônicos e de segurança.

Segundo Ana Cláudia Monteiro, funcionária terceirizada de uma agência do Banco do Brasil do centro, só os caixas de auto-atendimento funcionavam no local. "Eu estou só ajudando o público, dentro do possível?, disse ela.

Ao lado, em uma agência da Caixa Econômica Federal, além da gerência, apenas um bancário compareceu e, na enorme fila que se formava, poucos clientes tinham conhecimento da paralisação. ?Pegou a gente de surpresa?, disse Diego Joel Nunes, cliente da Caixa. Algumas agências de outros bancos, como uma do HSBC, funcionavam normalmente.

Oswaldo Dolphi, cliente do Unibanco, encontrou a agência totalmente fechada e se disse insatisfeito porque prefere resolver seus problemas no caixa. ?[A paralisação] Está me atrapalhando 100%, pois eu não pago no atendimento automático, nem na internet, pois não tem segurança. Meus compromissos de hoje vão ficar para amanhã (…) Eles [os sindicalistas] fazem isso porque têm garantia de emprego?, reclamou Dolphi.

De acordo com a assessoria de imprensa da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a instituição considera indevida a paralisação, pois já há uma reunião marcada para amanhã (27) com o Comando Nacional dos Bancários (CNB). A reunião será às 15 horas, na capital paulista. Desde agosto, foram feitas cinco reuniões para discutir as reivindicações sem que houvesse acordo entre as partes.

Segundo o presidente do sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Marcolino, ?a partir da negociação realizada com os banqueiros no dia 27, o CNB se reunirá e montará um novo calendário de mobilização ou de negociação?.

Entre as principais reivindicações do CNB estão o aumento dos salários em 7,05%; o aumento na participação em 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500; vale-alimentação de R$ 300; auxílio creche/babá de um salário mínimo e fim de ?metas abusivas? de desempenho, informou Marcolino.

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