Para Maia, Alckmin deve atacar e “desconstruir” Lula

O candidato tucano Geraldo Alckmin deve partir para o ataque no segundo turno na opinião do prefeito do Rio de Janeiro César Maia, do PFL. "Alckmin tem que desconstruir o governo (Lula)", avaliou, em entrevista ao Broadcast Ao Vivo. Para ele, o tucano deve também tratar de tirar a taxa de confiança do governo focando nos erros do 1º mandato, o que incluem os vários escândalos de corrupção. Maia acredita ainda que novos dados da crise do dossiê devam vir á tona e isso poderá favorecer Alckmin. "Agora é que os nomes vão aparecer", disse.

Maia também cobra que Alckmin apresente propostas mais concretas e específicas para os Estados. Segundo ele, o trabalho do tucano é bem conhecido no Estado de São Paulo, onde foi governador, mas falta enfatizar o que ele pretende fazer pelas demais regiões do País. Até agora, segundo ele, as propostas foram muito genéricas. "É preciso mostrar o compromisso com cada Estado", observou.

O pefelista acha que o tom da campanha deva ser diferente nesse segundo turno. "Querem reforçar a tese da apresentação do currículo, do perfil ético. Tenho dúvidas se isso produz resultados depois de três ou quatro programas".

Para ele, Alckmin deveria passar uma imagem mais natural para se aproximar do eleitor. "Aquele corte de teleprompter tira calor e aumenta a precisão. A câmera solta, o candidato falando impacta muito mais", opinou. Em seu blog, Maia também aconselha o candidato tucano a abandonar as camisas azuis claro e as gravatas vermelhas.

O prefeito do Rio também acha que retardar o início da campanha no segundo turno é um erro estratégico. Para ele, esse atraso beneficia Lula. "O ponto de vista do PFL é que se deveria começar a campanha logo. Essa não é a posição da coordenação da campanha do Alckmin. Eles querem retardar a entrada da campanha" disse. "Esfriar a campanha nesse momento é interesse do PT", salientou.

Segundo ele, o início poderá ser marcado para dia 12/10. As eleições serão no dia 29/10. "Isso interessa àqueles que simplesmente querem rolar a campanha eleitoral. No Rio, a tática do PMDB é atrasar", acrescentou.

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