Para ACM, PMDB recusar ministérios é “coisa inusitada”

O senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse há pouco que "é uma coisa inusitada" o PMDB recusar o convite do presidente Lula para ocupar novos ministérios em seu governo. Segundo ele, o partido vivia pedindo mais cargos, e agora rejeita essa possibilidade. Se for confirmada oficialmente essa decisão do PMDB, ACM acredita que a situação entre PT e PMDB se agrava. Ao contrário, se o partido aceitar os ministérios, o senador acredita que a entrada do PMDB no governo pode ajudar para diminuir a crise."Mas não supera a crise. Pode diminuir a intensidade da crise, porque deixa máculas no partido e no governo", afirmou ACM, que participou hoje de uma reunião do Conselho Superior de Assuntos Jurídicos e Legislativos da Fiesp.

ACM negou, no entanto, que exista um paralelo entre a dependência atual do governo Lula ao PMDB, em comparação com a do governo Collor com o PFL. "Não vejo semelhança. A época é outra, a situação eleitoral é outra", afirmou, ponderando que o presidente Lula teve uma votação expressiva, o que o fortalece. Ele criticou as escolhas feitas por Lula para os ministérios.

"Derrotados, pessoas amarguradas", citou, fazendo exceção apenas a dois nomes: Antonio Palocci (Fazenda) e Márcio Thomaz Bastos (Justiça).

Ao ser indagado sobre o impacto da crise política na economia, ACM disse que é "inevitável" que isso ocorra, apesar das constantes negativas do ministro da Fazenda, Antonio Palocci e do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Para o senador, é uma crise moral que afeta o País externamente.

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