Para a Anac, o dia começou bem melhor nos aeroportos

O presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, disse que o dia começou bem melhor nos aeroportos brasileiros em relação aos dois últimos dias. Ele reconheceu, no entanto, que alguns atrasos e transtornos ainda poderão ser registrados hoje como reflexo da paralisação de quase seis horas dos equipamentos de comunicação entre o Cindacta 1, em Brasília, e os aviões monitorados, na terça-feira.

"Nunca houve nada assim, em termos de pane de sistema, como o que ocorreu na terça", disse Zuanazzi ao iniciar sua palestra sobre Política de Transporte Aéreo, no 6º Congresso da Associação Brasiliera de Empresas de Transporte Regional (Abetar). Ele voltou a criticar o que chamou de "terrorismo" como conseqüência das denúncias de que pontos cegos no espaço aéreo nacional colocariam em risco a segurança de vôo no Brasil.

"Isso não tem base alguma, porque sendo assim o espaço aéreo sobre o oceano é totalmente cego", afirmou, se referindo ao fato de não haver equipamento de radar monitorando aviões com destino a Europa. Ele afirmou à platéia de executivos da aviação regional que as reivindicações dos controladores de vôo são justas. Segundo ele, basicamente a categoria quer uma carreira de estado e ter com isso uma melhora nas condições de trabalho. "Existem reivindicações que acho justas, mas que estão sendo estudadas por uma comissão do governo", afirmou.

Zuanazzi ainda anunciou, sem dar mais detalhes, que o governo estuda a descentralização dos cindactas como forma de minimizar os prejuízos, quando ocorrerem defeitos técnicos, como o da terça-feira, em um desses centros de controle. Atualmente existem quatro cindactas (Brasília, Recife, Manaus e Curitiba) que dividem o controle do espaço aéreo brasileiro. Zuanazzi disse que está se estudando reabrir os cindactas em Belém, Porto Alegre e São Paulo.

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