Palocci pede nos EUA ação contra riscos globais

O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, pediu hoje que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e os governos do mundo rico ajam com rapidez para impedir que os desequilíbrios da economia mundial ponham em risco "os ganhos já obtidos pelos países em desenvolvimento em matéria de crescimento econômico e robustez de suas próprias políticas macroeconômicas".

Palocci apontou como desequilíbrios mais importantes o déficit externo dos Estados Unidos, sustentado principalmente por países da Ásia, e a escalada dos preços do petróleo.

A defesa dos países em desenvolvimento contra uma piora da economia mundial, disse o minisrtro, tem consistido em "reduzir vulnerabilidades externas, continuar políticas fortes no plano fiscal e monetário acumular reservas e procurar ampliar a produtividade através de reformas estruturais". Mas isso não basta, segundo ele.

Palocci voltou a defender, como parte de um esquema de segurança, a criação de "mecanismos preventivos que auxiliem países com economias sólidas a enfrentar choques". O ministro disse também que o crescimento global só será sustentável se houver progressos concretos na Rodada Doha de negociações comerciais.

"Hoje, as diferentes iniciativas que os países em desenvolvimento estão apresentando não estão obtendo respostas adequadas em matéria de redução do protecionismo agrícola nos países mais desenvolvidos".

Palocci falou no fim da manhã durante a reunião do Comitê Monetário e Financeiro do FMI, uma espécie de comitê político central formado por ministros e presidentes de bancos centrais de 24 países. Esse fórum tem a mesma formação da Diretoria Executiva e representa, igualmente, os 184 países membros do FMI. As iniciativas importantes dependem das negociações entre esses ministros, não dos discursos nas sessões plenárias.

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