Palocci deu a resposta que o Brasil queria ouvir, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva analisou hoje cedo no seu programa quinzenal de rádio, o Café com o Presidente, o pronunciamento do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, se defendendo e explicando as denúncias do seu ex-assessor, Rogério Buratti. "Eu, primeiro, fiquei satisfeito com a declaração do Palocci. Eu acho que a resposta do ministro mostrou, primeiro, a segurança de uma pessoa inocente. Segundo, mostrou a segurança de um homem que sabe que não vai permitir, em hipótese alguma, que a economia brasileira sofra qualquer abalo. Eu acho que o Palocci deu a resposta que o Brasil precisava ouvir. Acho que ele mostrou a tranqüilidade de um homem que sabe o quer e, portanto, nós vamos tocar o barco".

Segundo o presidente, o Ministério Público, a Polícia Federal e o governo vão facilitar as apurações de todas as denúncias, "até por que essa é crise prolongada – a CPI está prevista para terminar no dia 15 de outubro. Depois, o processo vai para o Ministério Público, o Poder Judiciário. Então, nós temos apenas de ter paciência e saber que o Brasil tem que ser tocado dia-a-dia".

"Os ministros têm de cuidar dos seus ministérios e continuar fazendo as políticas que têm de fazer. O Congresso tem de legislar e, ao mesmo tempo, trabalhar com serenidade para apurar as denúncias que vão aparecendo nas CPIs. "Vamos trabalhar com muita tranqüilidade e serenidade para que o Brasil não permita que a crise política mexa na economia, cause qualquer problema ao processo de crescimento que estamos tendo".

Mínimo

O presidente comentou ainda a aprovação do salário mínimo de R$ 384: "Muitas vezes, as pessoas me ligam: ´Presidente, o salário mínimo, por que o senhor não deixa em R$ 384, está numa crise política´. E eu respondo: por uma questão de responsabilidade, ou seja, o País não comportaria, a Previdência não comportaria. Graças a Deus, a Câmara fez o que tinha que ser feito e voltou o salário mínimo para R$ 300. Outro fala, ´por que não baixa os juros? Porque não é tarefa do presidente baixar os juros, é tarefa do Banco Central. Nós estamos tratando, eu vou repetir, tratando a economia brasileira pensando no futuro promissor para o Brasil, para os próximos 10 ou 15 anos."

Lula explicou que se a economia estiver sólida, os fundamentos estiverem sólidos e houver crescimento, gerando riqueza, gerando empregos, "tudo vai ser melhor para o povo brasileiro".

"Eu tenho mais um ano e pouco de mandato e eu quero trabalhar de forma incansável para que a economia brasileira cresça definitivamente de forma sustentável e que o povo brasileiro possa ter certeza de que o Brasil entrou no hall dos países responsáveis, dos países que estão fazendo sua economia crescer e dos países que estão fazendo justiça social".

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