Palocci aceita convite do PT para explicar política de juros

"Vou ao PT com o maior prazer", foi o único comentário do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, sobre a decisão do diretório do partido que, reunido no fim da semana, em São Paulo, decidiu convidá-lo para explicar a política de juros adotada no País. Desde setembro os juros têm subido. Estão em 17,25% ao ano. A reunião com Palocci está prevista para o início do ano.

A decisão de convidar Palocci – que integra o Diretório Nacional petista – para falar sobre a política econômica foi uma vitória da ala governista do PT, que é maioria. Os radicais queriam condenar a política econômica, exigir juros menores, pedir o reexame da dívida externa, e o fim da meta de superávit primário de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB), fruto de acordo do governo brasileiro com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

No encontro, os petistas aprovaram também uma resolução que isenta o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de responsabilidade pelas derrotas do partido nas eleições municipais, sobretudo nos grandes centros, como São Paulo e Porto Alegre. Os setores mais radicais – e a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, em seu discurso – culpavam Lula pela derrota.

O texto avaliou que o presidente saiu fortalecido das eleições e afirmou que as derrotas tiveram causas municipais e locais relacionadas à atuação do PT, tipo de avaliação que os radicais não aceitavam. Disse ainda que, de modo geral, o governo Lula exerceu influência equilibrada e positiva sobre o eleitorado. Além do mais, o presidente do PT, José Genoino, considerou que o desempenho da economia foi um fator positivo para os resultados do PT nas eleições.

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