Pacote de ajuda aos produtores rurais pode ser ampliado

O governo poderá ampliar o pacote de ajuda aos produtores rurais. O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirmou que algumas questões, relativas à área tributária e às tarifas de importação ainda estão sendo estudadas pela equipe econômica do governo

‘São questões mais ligadas a áreas estruturais. Não deu tempo de a gente terminar os estudos porque tem implicações em relação à Receita Federal, em relação ao Tesouro Nacional. Portanto, esses temas demandam um pouco mais de estudo, um pouco mais de trabalho, e as áreas econômicas do governo estão examinando com mais atenção’, explicou o ministro, em resposta às críticas da iniciativa privada de que o pacote de ajuda anunciado na semana passada não resolve as questões estruturais que prejudicam o setor

Hoje, Rodrigues defenderá as medidas em audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados

Depois da pior crise dos últimos anos, o ministro disse acreditar que a agricultura brasileira começará a sair da crise econômica em 2007. ‘Hoje estamos no fundo do poço, mergulhados num pântano de dívidas, de renda quebrada e de dificuldades muito grandes. Mas, se construirmos esse projeto coletivo e articulado de medidas, teremos sem dúvida uma agricultura cada vez mais estabilizada e mais competitiva.

Para Rodrigues, há motivo para otimismo por causa de mudanças na área cambial e programas estruturantes. ‘Temos o compromisso do governo de que algumas mudanças na área cambial virão e, portanto, esse fator essencial, responsável pela crise que é o câmbio, terá uma modificação positiva à agricultura’, comentou.

Um dos principais pedidos dos produtores é a criação de um câmbio específico para o agronegócio, medida que não foi incluída nos pacotes de ajuda do governo. O ministro, porém, não confirmou se o pedido será atendido.

Rodrigues comentou ainda a extensão do chamado regime de drawback (desoneração do imposto de importação) a todos os produtos do agronegócio e as alterações no seguro rural. ‘Se somar tudo isso, câmbio, preço melhor e um seguro rural mais consistente, eu acredito que a partir do ano que vem a gente comece a sair da crise de forma articulada e consistente.

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